Juros permanecem em 14,25% ao ano

  • 28 de abril de 2016
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (27) manter a taxa básica de juros em 14,25% ao ano. A decisão foi a esperada pelo mercado, conforme divulgado no boletim Focus desta semana, e teve unanimidade dentro do colegiado.

“O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos”, expressou o Copom em nota divulgada à imprensa. “No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária”.

A próxima reunião do Copom acontecerá nos dias 07 e 08 de junho. A ata da reunião terminada ontem será divulgada na próxima quinta-feira (05/05).

Cofecon pede queda nos juros

O Cofecon vem, há algum tempo, clamando pela redução da taxa básica de juros. Na 670ª Sessão Plenária da autarquia, realizada nos dias 08 e 09 de abril, foi divulgada uma nota técnica defendendo esta posição. “O País não enfrenta um problema de inflação de demanda, o que torna ineficiente uma política monetária de manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamar tão elevado (14,25% ao ano) porque impõe custos excessivos à sociedade”, expressou o Conselho.

Já naquela ocasião, o Cofecon apontava para a expectativa de uma inflação de 6,48 na inflação dos próximos 12 meses – índice ainda muito acima do centro da meta, mas já abaixo do teto. O mercado revisou este indicador para 6,20%, o que mostra uma clara trajetória de queda e reforça a posição do Conselho: “O Copom tem a oportunidade de, reconhecendo que o ambiente recessivo inibe novos aumentos de preços e as causas da inflação de 2015 estão se dissipando, fazendo com que a taxa de inflação encaminhe-se para o intervalo da meta, promover a imediata redução da Selic, que teria efeito positivo sobre as expectativas dos agentes econômicos e contribuiria para reverter o grave quadro econômico atual, evitando que novos brasileiros se incorporem às filas de desempregados”.

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