Presidente comenta redução da Selic para 2,25%
O Comitê de política monetária do Banco Central (Copom) decidiu na última quarta-feira (17) reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual. Com a decisão, o indicador chega ao patamar de 2,25% ao ano. A decisão foi comentada pelo presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda.
“Ao reduzir a Selic para seu menor nível histórico, o Banco Central segue, embora com atraso, o movimento dos principais bancos centrais do mundo”, avaliou o presidente. “Apesar de aparentemente baixa, a taxa Selic ainda é elevada para padrões internacionais. Além disso, comparativamente ao atual quadro de deflação, a taxa real de juros projetada (ex-ante) ainda é positiva”.
Lacerda falou sobre os efeitos da redução da taxa, mas apontou para um problema que permanece severo: os juros ao tomador de empréstimos ainda são muito altos no Brasil. “A redução da taxa Selic diminui a rentabilidade das aplicações financeiras e reduz o custo de oportunidade do capital, favorecendo decisões de investimentos produtivos”, comentou. “Resta ainda o desafio de fazer a redução do juro básico chegar aos tomadores finais. A distância entre a Selic e a taxa final ainda é abissal. Uma efetiva redução do juro final requer mais proatividade do BCB, que precisa exercer seu papel de regulador do mercado financeiro”.
A próxima reunião do Copom acontecerá nos dias 04 e 05 de agosto de 2020.