Em entrevista, Lacerda defende vacinação e reforma tributária
O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, falou em entrevista ao portal iG sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na economia. A matéria teve como título “Sem auxílio, sem comida, sem solução à vista: fome assola Brasil na pandemia” e abordou a queda na renda das famílias, muito afetada pela crise, elevando a extrema pobreza e, por consequência, a fome.
Para Lacerda, o auxílio emergencial ameniza a situação financeira das famílias, mas o aumento da fome deve-se, fundamentalmente, à recessão. “Desde 2015, praticamente, nós estivemos em recessão ou baixíssimo crescimento econômico. Nesses anos todos 2017, 18 e 19 a economia cresceu um pouco mais de um por cento ao ano. Mas a queda que ocorreu nos outros anos foi muito maior. Então, o resultado disso foi um aumento do desemprego”, afirmou o presidente do Cofecon ao iG.
Lacerda defendeu a vacinação para fazer com que a atividade econômica possa ser retomada o mais rapidamente possível – mas falou também sobre a necessidade de uma reforma tributária, bem diferente das que tramitam hoje no Congresso Nacional. “O certo seria você tributar quem ganha mais, os ricos, os super-ricos, e diminuir a tributação sobre o consumo. O pobre, por exemplo, compra um televisor, paga R$ 1 mil, R$ 500 são impostos. Então, para ele, esses R$ 500 representa metade do salário mínimo”, aponta Lacerda.
Independentemente da importância desta medida específica, há outras que podem ser tomadas para estimular a economia e aliviar a situação dos mais pobres. “O governo poderia, sim, trabalhar mais na questão do crédito e a articulação entre Governos Federal, Estadual e Municipal também ajudaria nos programas. De complemento de renda, baixar tarifas. Tarifas públicas e gás de cozinha são altamente tributados. Então, entraria no mesmo capítulo da Reforma Tributária”, complementa Lacerda.
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