Chega ao fim o XXIV Congresso Brasileiro de Economia

  • 11 de setembro de 2021
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O XXIV Congresso Brasileiro de Economia vai deixar saudade. Durante três dias, economistas de renome nacional e internacional debateram questões variadas como conjuntura, impactos econômicos da pandemia, papel dos bancos, estrutura e política industrial, financeirização da economia, ESG, investimentos, finanças públicas, integração nacional, função do estado, custo Brasil, cenários econômicos, matriz energética, economia compartilhada, construção civil, mercado de trabalho, estratégias do governo Biden, comércio exterior, economia comportamental, entre muitas outras. Foram mais de 80 horas de programação, nas quais mais de 100 palestrantes produziram debates bastante ricos.

“Durante os três dias do Congresso foram apresentadas alternativas para a política econômica brasileira nos mais diversos campos. Está claro que não existe um único caminho. O papel do economista é apresentar essas alternativas para que a população escolha com lucidez o caminho que deseja seguir”, explica o presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda.

Para Waldir Pereira Gomes, presidente do Congresso Brasileiro de Economia, o evento preencheu todas as expectativas. Durante a solenidade de encerramento, ele agradeceu a equipe envolvida na organização e enfatizou a importância do engajamento da categoria na promoção do debate econômico. “O CBE é uma grande oportunidade que temos de fornecer à sociedade e à categoria subsídios fundamentais para a promoção do desenvolvimento econômico”, aponta o organizador do evento.

A adaptação do evento para o formato on-line foi um grande desafio, superado com bastante sucesso. A tecnologia proporcionou que, pela primeira vez, economistas e estudantes de todo o país tivessem a oportunidade de acompanhar o Congresso na íntegra e a um preço acessível. Além da intensa programação de palestras, mesas redondas e encontros temáticos, os intervalos culturais também foram bastante elogiados.

Paralelamente aos debates, também foram realizados outros eventos. A Gincana Nacional de Economia foi realizada nos dias 6 e 7 de setembro, abrindo a programação do CBE 2021. O Cofecon também anunciou os ganhadores do XXVII Prêmio Brasil de Economia, que distribuiu um total de R$ 18 mil aos vencedores de quatro diferentes categorias. A entrega virtual de prêmios também contemplou as honrarias Personalidade Econômica do Ano, Mulher Economista, Mulher Transformadora e Destaque Econômico.

O workshop de ciência de dados para economistas também permitiu compartilhar conhecimentos sobre uma área que se encontra em franca expansão. Os economistas Augusto Fadel, Denise Freire e Paulo Jannuzzi, todos do IBGE, abordaram três temas fundamentais da área. Fadel falou sobre algumas experiências de uso de bigdata em institutos de estatística.  Denise Freire, em sua exposição, comentou sobre a taxa de desemprego do IBGE e as calculadas por projeção pelos bancos. E Jannuzzi finalizou o workshop falando do apagão dos dados decorrente da desarticulação das políticas na área.

O encontro de peritos reuniu profissionais interessados neste setor que tem crescido muito entre os economistas ao longo das últimas duas décadas. Os profissionais Vilma Guimarães, José Marcos de Campos, Tiago Jazynski e Angeliz Suckow apresentaram quatro tipos de trabalho dentro do campo da perícia: Perícias em Previdência Social e Complementar; Mercado de Trabalho em Pericia Econômico-Financeira; Mercado de Trabalho em Pericia Trabalhista; Mediação e Arbitragem.

O Fórum das Mulheres Economistas, que é uma tradição nos eventos do Sistema Cofecon/Corecons, destacou dois temas principais: “Mulheres economistas pensadoras do desenvolvimento econômico”, discutido pelas economistas Luciana Acioly e Izete Pengo Bagolin; e “Macroeconomia e o empoderamento das mulheres: a presença das mulheres nas políticas públicas”, debatido por Ana Luiza Matos de Oliveira e Joana Mostafa. A responsabilidade do evento foi das economistas Mônica Beraldo, que é conselheira federal e coordenadora da Comissão da Mulher Economista, e Nancy Gorgulho, conselheira regional e coordenadora da Comissão da Mulher Economista em São Paulo.

O Cofecon também divulgou a Carta de São Paulo, sintetizando as opiniões discutidas nos vários debates realizados durante o Congresso e opinando sobre o momento econômico e político vivido pelo Brasil. No documento, os economistas sublinham a importância de retomar uma trajetória de crescimento econômico inclusivo. “Está mais que na hora de construirmos consensos em torno de uma nova agenda para o País”, pontua a Carta. O documento pode ser lido na íntegra clicando AQUI.

O próximo Congresso Brasileiro de Economia acontecerá em 2023, em uma cidade-sede ainda a ser definida pelo Sistema Cofecon/Corecons.

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