Ministério da Economia: definição de preços administrados, taxa de câmbio e comportamento dos mercados
Os comentários do ministro Paulo Guedes, dizendo que a energia e os alimentos são os principais vilões da inflação no Brasil, e a redução da projeção de crescimento por parte do FMI, também foram comentadas pelo presidente. “Na maior parte da vida, o ministro Paulo Guedes esteve fora do governo, no mercado financeiro. Às vezes, falando, dá a impressão de que não é ele o mandatário principal da economia. Muito do que ele está falando é do controle do Ministério da Economia: a definição de preços administrados, a taxa de câmbio, o comportamento dos mercados”, argumentou o presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, ao Jornal da Cultura. “Temos problemas específicos no Brasil que têm a ver com a estrutura do mercado. É uma ilusão achar que o aumento dos juros vai controlar a inflação, porque não há um excesso de demanda no Brasil. A demanda está se retraindo. Elevando a taxa de juros você vai encarecer o crédito, prejudicando a economia sem resolver o problema central da inflação. A questão inflacionária no Brasil tem que ser trabalhada de forma muito intensa”. Após citar a indexação, Lacerda falou que um grupo pequeno de empresas têm um poder muito grande na definição de preços. “Tudo isso está sob a esfera do Banco Central e do Ministro da Economia”.
O conteúdo faz parte dos comentários realizados pelo presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, no jornal da TV Cultura, no dia 12/10/21.
Para acessar esse trecho da entrevista, assista ao vídeo abaixo: