Banco Central divulga IBC-Br de novembro com alta de 0,69%

  • 19 de janeiro de 2022
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O Banco Central divulgou na segunda-feira (17) o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) correspondente ao mês de novembro. A alta do índice dessazonalizado em relação ao mês anterior foi de 0,69%, atingindo 138,08 pontos.

Desde junho, quando atingiu 138,89 pontos, o índice vinha apresentando uma série de quedas, tendo chegado ao nível mínimo do ano em outubro, com 137,13 pontos. Já na comparação de novembro de 2021 com novembro de 2021, há uma ligeira alta (0,27%).

“O que este resultado, esta alta de outubro para novembro, antecipa em relação ao PIB do quarto trimestre? Se repetirmos em dezembro o dado de novembro, já que não sabemos para onde vai o índice, teríamos uma queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior”, analisa o conselheiro federal Fernando de Aquino. “Significa que ficaremos muito próximos, em termos reais, do PIB do terceiro trimestre, podendo haver esta pequena queda de 0,3%. Como o IBC-Br e o PIB não são iguais, não podemos cravar o número. Mas podemos identificar a tendência com o indicador de novembro que foi divulgado”.

O conselheiro federal Júlio Miragaya também comentou o índice. “O desempenho positivo em novembro deve ser confrontado com desempenhos negativos nos quatro meses anteriores, com o nível de atividade em novembro estando abaixo do verificado em junho”, avaliou o economista. “O crescimento em novembro não anula o quadro de recessão que acometeu a economia brasileira no segundo semestre de 2021, e que deve permanecer em 2022”.

Prévia do PIB

O índice é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). “É calculado antes pelo Banco Central para identificar uma tendência do PIB divulgado pelo IBGE. Hoje já temos dados do IBC-Br até novembro, enquanto a última divulgação do PIB cobriu o período até setembro”, explica Aquino. “Além disso, o IBC-Br é mensal, enquanto o PIB é trimestral. É uma forma de acompanhar mais de perto e antecipar o resultado”.

A metodologia de cálculo dos dois índices não é a mesma. “O índice segue algumas variáveis que são usadas pelo IBGE, mas a ideia não é apresentar o mesmo resultado e sim ter uma ideia da tendência: se vai subir, se vai cair, se vai subir pouco, se vai subir muito”, finaliza Aquino.

Em 2021 o IBC-Br dessazonalizado atingiu seu ponto máximo em fevereiro, com 141,26, e seu ponto mínimo em outubro. Os números do primeiro trimestre apresentaram uma alta de 1,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior; uma queda de 0,46% no segundo trimestre; e outra queda de 0,52% no terceiro trimestre.

Já o PIB, sempre na comparação com o trimestre anterior, cresceu 1,2% no primeiro trimestre do ano, mas caiu 0,1% no segundo e no terceiro trimestres do ano.

Assessoria de Comunicação
Cofecon

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