Enquanto persistir o conflito, diesel continuará caro, diz Paulo Dantas
O preço do óleo diesel no Brasil está 14% acima do mercado internacional. O dado integra o cálculo de preço de paridade de importação que foi divulgado na última segunda-feira (8), pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Paulo Dantas da Costa, comentou porque o preço do diesel se mantém elevado no país, em entrevista à Agência Radioweb.
O economista explicou que os conflitos entre Rússia e Ucrânia, “especialmente, nesse particular, no que diz respeito à produção do óleo diesel, têm afetado o aumento”. A produção russa atende 15% da demanda internacional, segundo Dantas.
“Em função dos conflitos internacionais, o fato é que os preços desses produtos têm aumentado significativamente no plano internacional”, esclarece. “Enquanto houver um conflito, haveremos de encarar, aqui no Brasil, os problemas relacionados às permanentes altas do preço do óleo diesel.”
O vice-presidente recorda que a política de preços praticada pela Petrobras associa o preço do diesel no Brasil ao do mercado internacional. Além disso, vale ressaltar que o país não é autossuficiente na produção deste combustível.
Na última semana, passou a vigorar uma redução de R$ 0,20 aplicada pela Petrobras às distribuidoras na venda de diesel. Apesar da diminuição, a projeção de redução feita pela Abicom foi de R$ 0,18. A diferença se dá pela mistura obrigatória no diesel que é comercializado nos postos de combustíveis: 90% de diesel e 10% de biodiesel.
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