Lacerda comenta indicação de Gabriel Galípolo à presidência do BC
Conselheiro federal, que foi professor do economista na PUC/SP, expressou suas percepções no programa TV GGN 20H, que vai ao ar pelo YouTube
O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda falou na última quarta-feira sobre a indicação do nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central no período de 2025 a 2028, formalizada nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora o economista precisa ter seu nome aprovado pelo Senado Federal.
Lacerda foi professor de Galípolo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e fez elogios ao ex-aluno. “Sempre muito lúcido, aproveitou sua formação de economista eclético e foi na fonte das grandes teorias, indo muito além dos dogmas. Está anos-luz à frente da maioria dos dirigentes do Banco Central brasileiro”, comentou Lacerda. “É preciso saber o que está se passando no mundo e conhecer as peculiaridades da economia brasileira, da indústria e da lógica dos investimentos. O Galípolo tem esses requisitos. Tem uma formação muito boa, trabalhou como consultor, atuou no governo do estado de São Paulo, foi presidente de banco de investimentos é uma pessoa altamente qualificada”.
Lacerda também apontou para a necessidade de promover uma evolução nas ferramentas que contribuem para a definição da política monetária no Brasil. “Ele pode se cercar de pessoas, formalmente ou informalmente, para trazer visões alternativas. O regime de metas de inflação implantado em 1999 somente em tempos recentes foi alterado para uma meta contínua”, observou Lacerda. “Não tenho dúvida de que, além da discussão dos juros, ele poderá evoluir no processo de captação das expectativas, que não pode ficar restrito à Faria Lima. Nada contra ouvi-los, mas não se pode ouvir somente a Faria Lima”.
“Nas melhores práticas internacionais, que demoram a fazer efeito aqui, você tem o conselho econômico. Vários países adotam isso. Eu sugeriria, e ele sabe disso, que se ouvisse experts do meio acadêmico e profissionais que conhecem profundamente a economia brasileira, para ter opiniões e visões para além da conjuntura e muito mais estruturais”. “Eu estou convicto de que veremos evoluções nessa área de política monetária”.
A entrevista pode ser assistida na íntegra clicando AQUI.