Cofecon lamenta assassinato da vereadora Marielle Franco e exige apuração dos fatos
O Conselho Federal de Economia manifesta profundo pesar diante do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista que a acompanhava na noite de quarta-feira, 14 de março, no Rio de Janeiro. O Cofecon exige a imediata e rigorosa apuração dos fatos relacionados ao crime e se solidariza com familiares, amigos e seus companheiros de luta nesse momento de dor e indignação.
Negra, feminista, nascida e criada na favela da Maré, Marielle Franco era socióloga e foi a quinta vereadora mais votada em 2016. Militante dos direitos humanos e da igualdade social, lutava por questões relacionadas à defesa dos direitos das mulheres negras e dos moradores de favelas e periferias. Foi nomeada relatora da comissão que vai acompanhar a intervenção militar e denunciava a violência policial nas comunidades cariocas. Combativa e brilhante em suas exposições, Marielle deixa um legado de luta em favor das causas que defendia. Um dia antes do crime, publicou em suas redes sociais: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”
Marielle Franco esteve presente à solenidade de posse do presidente do Cofecon, Wellington Leonardo da Silva, de quem era amiga. Na ocasião, a vereadora propôs que os economistas se dedicassem a pensar no impacto de decisões econômicas na vida das pessoas, suas urgências e necessidades, focando nos segmentos mais vulneráveis. “Precisamos pensar no processo político e econômico que viveremos em 2018, mas que seja uma visão além do mercado. Gostaria que esse debate pudesse fazer parte das considerações dos conselheiros do Cofecon, para que homens e mulheres possam viver melhores dias, não só em relação à moeda, mas também à vida, com novas oportunidades, acesso a mobilidade urbana, e a possibilidade de redução de desigualdades dos mais variados tipos. A desigualdade tem vida, tem cor, origem, raça e seus atingidos precisam ter perspectiva de futuro”, observou.