Presidente do Cofecon se solidariza à professora da UnB ameaçada por defender o aborto
O presidente do Conselho Federal de Economia, Wellington Leonardo da Silva, se solidariza à professora doutora Débora Diniz, do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília (UnB), e registra seu veemente repúdios às ameaças recebidas por ela em razão de seu posicionamento sobre o aborto, destacando o trabalho da docente em defesa da liberdade de expressão e do empoderamento feminino.
Segundo nota pública divulgada no site do Programa, Débora Diniz é coordenadora da Pesquisa Nacional do Aborto e tem sofrido ameaças anônimas em função de sua militância pela afirmação de direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Clique AQUI para conferir a nota do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília (UnB) na íntegra.
“Em que pese o respeito devido aos que são contrários à descriminalização do aborto, por motivos religiosos, por exemplo, ninguém deve ser ameaçado de morte por ter posicionamento diferente”, refletiu o presidente do Cofecon. Wellington Leonardo destacou estudos que apontam a morte de pelo menos 250 mil mulheres todos os anos no País ao fazerem o procedimento de forma clandestina. “Essa é uma questão de saúde pública e de proteção às vidas das mulheres”, defendeu o economista.
Aborto no Brasil
O aborto é proibido no país, exceto quando comprovado risco de morte para a gestante, quando a gravidez resulta de estupro ou quando o feto é anencéfalo. O assunto está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de ação que pede a descriminalização do procedimento até a 12ª semana da gestação. A relatora, ministra Rosa Weber, agendou audiência pública para os dias 3 e 5 de agosto deste ano para instruir o processo.