Presidente do Cofecon prestigiou o XXXIII Congresso da ANGE

O presidente do Cofecon, Wellington Leonardo da Silva, participou da mesa de abertura do XXXIII Congresso da Associação Nacional de Cursos de Graduação em Ciências Econômicas (ANGE), evento realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) na última quarta-feira, 3 de outubro. A programação teve início na segunda-feira, 1º, e segue até sexta-feira, 5. Os vídeos do evento estão disponíveis no canal da PUC-SP no Youtube, em https://www.youtube.com/channel/UCLNyrOOIE3cMWbNdRU5SR3w/videos?disable_polymer=1

Ao lado do presidente do Cofecon, participaram da mesa de abertura do evento o conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda, diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuariais da PUC-SP; o conselheiro federal Eduardo Rodrigues da Silva, presidente da ANGE; o representante do Conselho Regional de Economia da Bahia, Oswaldo Guerra; o presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo (Sindecon-SP), Pedro Afonso Gomes; o presidente da Federação Nacional dos Estudantes de Economia, Marco Antônio da Silva e Silva; e o representante da Sociedade Brasileira de Economia Política, Paulo Nakatani.

Antonio Corrêa de Lacerda destacou que a parceria da PUC-SP com demais universidades e entidades representativas dos economistas, além da ANGE, é histórica e vem de um longo período. O conselheiro federal informou sobre seu retorno ao Cofecon em 2018, após 20 anos, e disse que há temas que estão em pauta desde aquela época, entre eles a falsa dicotomia entre formação e mercado de trabalho dos economistas. “Essa sinergia entre todos nós é importante para deixarmos de lado esses falsos dilemas e avançarmos no assunto. Não há nenhum contraponto à formação teórica, muito pelo contrário, uma sólida formação é fundamental para que o profissional siga carreira acadêmica ou atue nas mais variadas áreas de conhecimento”, argumentou.

O diretor da PUC-SP também destacou o momento político pelo qual passa o Brasil, considerando a proximidade das eleições. “Gostaria de registrar a minha preocupação com a possível vitória de um candidato que se contrapõe a tudo o que a nossa geração pregou em relação aos princípios, ao estado democrático de direito, ao respeito às minorias, e ao combate à desigualdade social. Nós, que vivenciamos parte da ditadura militar no Brasil e toda a luta pela redemocratização, pensávamos que jamais seria possível retornarmos a esse quadro”, refletiu.

O presidente do Cofecon destacou que há uma solicitação dos Conselhos Regionais de Economia de que se discuta na academia e que seja feito um trabalho com os coordenadores de curso de Ciências Econômicas para verificar a possibilidade de inclusão na grade horária de algumas disciplinas sobre áreas de trabalho que têm demandado a atuação de economistas, como Perícia e Mediação e Arbitragem. “Está na lei, é uma área que podemos atuar, mas percebo que pouco se fala sobre o assunto nas universidades, pelo menos na maioria delas, e assim perdemos espaço para os contadores”, observou o economista.

Wellington Leonardo também abordou o pleito eleitoral de 2018. “A esperança e o futuro dependem de nós de todos nós. Não é possível assistir ao que está acontecendo no Brasil de hoje, ao que está para se consumar nas eleições, sem nos mobilizarmos, sem nos pronunciarmos. Independente de quem venha ganhar essas eleições, o ano que vem será terrível e nossas instituições não podem se omitir em relação ao que o Brasil está vivendo, sob pena de vermos a qualidade de vida, principalmente dos menos favorecidos, ir por água abaixo”, apontou.

Presidente do Sindicato dos Economistas, Pedro Afonso Gomes ressaltou a necessidade de diálogo entre a academia e as entidades representativas dos economistas. “Existe a fase de formação profissional e posteriormente a inserção no mercado de trabalho. Não vejo conflito nenhum, mas sim trabalhos complementares. Inclusive, boa parte dos dirigentes do sindicato são professores universitários”, disse. Pedro Afonso frisou a importância do trabalho desempenhado pela ANGE. “Sem a formação básica não existe economista. Nosso trabalho de junção de esforços é fundamental porque o aluno sai do curso de graduação e precisa se atualizar. Precisamos atender às demandas da categoria na medida em que elas vão aparecendo, os tempos mudam”, reconheceu.

Marco Antônio destacou ressaltou que a Feneco iniciou um trabalho, com o apoio do Cofecon e da ANGE, para mapear o perfil dos estudantes de economia. “Queremos identificar as vulnerabilidades na formação dos estudantes de cada região”, explicou. O presidente da Feneco elogiou o Congresso da ANGE por propiciar a vivência entre alunos e professores. “Só haverá futuro para o Brasil se o ensino de Economia formar profissionais que estejam verdadeiramente comprometidos com a redução das desigualdades sociais, com a solidariedade, e com um projeto nacional de desenvolvimento que seja sustentável, para um país mais justo. Se o presente é de luta, o futuro nos pertence”, concluiu o presidente da Feneco.

Por fim, o presidente da ANGE destacou a expressão “A ANGE somos nós”, criada pelo ex-presidente do Cofecon Sidney Pascoutto, e enfatizou que a entidade é feita por todos os que a compõe e que lutam por ela. Afirmou que a entidade continuará sua atuação no sentido de orientar, indicar e recomendar as universidades para que as novas áreas de atuação para economistas, como Perícia, possam ser incorporadas aos cursos. “Nós também temos discutido metodologia e quero crer que devemos continuar esse caminho, considerando a grande mudança que vem ocorrendo nas gerações, na educação superior, e na forma de interação entre gerações”, finalizou Eduardo Rodrigues.

Confira a programação completa do XXXIII Congresso da ANGE aqui: http://www.ange.org.br/programacao-congresso-ange/  e os vídeos das discussões aqui https://www.youtube.com/channel/UCLNyrOOIE3cMWbNdRU5SR3w/videos?disable_polymer=1

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