PIB cai 3,8% em 2015

  • 3 de março de 2016
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Em relação ao terceiro trimestre, o PIB do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É a quarta queda consecutiva nesta base de comparação. A Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária registrou expansão (2,9%). Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o PIB caiu 5,9%, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 5,0%, e os impostos sobre produtos recuaram 11,0%. A Agropecuária cresceu 0,6%, enquanto a Indústria (-8,0%) e os Serviços (-4,4%) apresentaram queda.

No ano de 2015, o PIB caiu 3,8% em relação a 2014, a maior queda da série histórica iniciada em 1996. A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos. Nessa comparação, a Agropecuária (1,8%) apresentou expansão, e a Indústria (-6,2%) e os Serviços (-2,7%) caíram. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.

Em relação ao 3º tri de 2015, PIB cai 1,4%

Na comparação com o 3º trimestre do ano (série com ajuste sazonal), a Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária registrou expansão (2,9%).

Dentre os subsetores que formam a Indústria, a maior queda se deu na extrativa mineral (-6,6%). A indústria de transformação (-2,5%) apresentou resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%) e a construção (0,4%) registraram variação positiva.

Nos Serviços, apenas as atividades imobiliárias (0,5%) apresentaram resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração: comércio (-2,6%), administração, saúde e educação pública (-2,0%), transporte, armazenagem e correio (-1,7%), outros serviços (-1,2%), serviços de informação (-0,9%) e intermediação financeira e seguros (-0,2%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo registrou o 7º trimestre consecutivo de queda (-4,9%) e a despesa de consumo das famílias (-1,3%) caiu pelo quarto trimestre seguido. A despesa de consumo do governo recuou 2,9%. No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram variação negativa de 0,4%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

PIB cai 5,9% em relação ao 4º trimestre de 2014

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,9% no 4º trimestre de 2015, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996. Dentre as atividades econômicas, a Agropecuária cresceu 0,6% e a Indústria sofreu queda de 8,0%. Nesse contexto, a indústria de transformação apresentou contração de 12,0%.

A construção e a extrativa mineral também apresentaram redução no volume do valor adicionado: -5,2% e -4,1%, respectivamente. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, registrou expansão de 1,4%.

O valor adicionado de Serviços caiu 4,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 12,4% do comércio (atacadista e varejista) e de 9,0% de transporte, armazenagem e correio. Também apresentaram resultados negativos as atividades de outros serviços (-4,4%), serviços de informação (-3,0%), administração, saúde e educação pública (-1,2%) e intermediação financeira e seguros (-0,4%). As atividades imobiliárias apresentaram variação nula.

Todos os componentes da demanda interna apresentaram queda na comparação do quarto trimestre de 2015 contra igual período do ano anterior. A formação bruta de capital fixo recuou 18,5%, a despesa de consumo das famílias caiu 6,8% e a despesa de consumo do governo caiu 2,9%. Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 12,6%, enquanto as importações de bens e serviços caíram em 20,1%.

Em 2015, PIB cai 3,8% e PIB per capita recua 4,6%

O PIB em 2015 sofreu contração de 3,8% em relação ao ano anterior, a maior da série histórica iniciada em 1996. Em 2014, o PIB havia ficado praticamente estável (+0,1%). Em decorrência desta queda, o PIB per capita alcançou R$ 28.876 (em valores correntes) em 2015, recuando (em termos reais) 4,6% em relação ao ano anterior. Em 2014, o PIB per capita recuou 0,8%.

A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (1,8%), Indústria (-6,2%) e Serviços (-2,7%). O recuo dos impostos reflete, principalmente, a redução, em volume, de 17,1% do Imposto de Importação e de 13,9% do IPI – decorrente, em grande parte, do desempenho negativo da indústria de transformação e das importações de bens e serviços no ano.

A variação em volume do valor adicionado da Agropecuária (1,8%) decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. Alguns produtos da lavoura registraram crescimento de produção: tendo como destaque as culturas de soja (11,9%) e milho (7,3%). Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa, como, por exemplo, trigo (-13,4%), café (-5,7%) e laranja (-3,9%).

Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da extrativa mineral, que acumulou crescimento de 4,9% no ano, influenciado tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. As demais atividades industriais registraram queda em volume do valor adicionado. A construção sofreu contração de 7,6%, enquanto que a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 1,4%.

A indústria de transformação teve queda (-9,7%), influenciada pela redução, em volume, do valor adicionado da indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos e equipamentos de informática, alimentos e bebidas, artigos têxteis e do vestuário e produtos de metal.

Dentre as atividades que compõem os Serviços, o comércio sofreu queda de 8,9%, seguido por transporte, armazenagem e correio, que recuou 6,5%, outros serviços (-2,8%) e serviços de informação (-0,3%). A atividade de administração, saúde e educação pública ficou estável (0,0%), enquanto que intermediação financeira e seguros e atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de, respectivamente, 0,2% e 0,3%.

Na análise da despesa, destaca-se a contração de 14,1% da formação bruta de capital fixo. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período. Em 2014, a formação bruta de capital fixo já havia registrado queda de 4,5%.

A despesa de consumo das famílias caiu 4,0% em relação ao ano anterior (quando havia crescido 1,3%), o que pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2015. A despesa de consumo do governo caiu 1,0% – também desacelerando em relação a 2014, quando cresceu 1,2%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,1%, enquanto as importações de bens e serviços tiveram queda de 14,3%. Entre os produtos e serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram observados em petróleo, soja, produtos siderúrgicos e minério de ferro. Já entre as importações, as maiores quedas foram observadas em máquinas e equipamentos, automóveis, petróleo e derivados, bem como os serviços de transportes e viagens.

A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).

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