A sustentabilidade como fator de competitividade

  • 3 de maio de 2021
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Os impactos econômicos da pandemia obrigam países e empresas a planejarem e implantarem estratégias de reconstrução Pós-COVID.  A questão é: se as economias precisam ser reconstruídas, que o sejam com mais sustentabilidade, ou seja, “built back better”!  

Esse movimento inclui a sustentabilidade nas Políticas de Desenvolvimento e pode melhorar a competitividade do Brasil. O país possui uma matriz energética cada vez mais renovável, uma das maiores reservas globais de biodiversidade, além do potencial de substituição de combustível fóssil, essas vantagens competitivas precisam ser coerentes com os objetivos econômicos.

Em novembro de 2021, na Escócia, será realizada a 26°Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), onde, progressivamente, tem aumentado o incentivo para investidores e empresários assumirem protagonismo. Existe a expectativa da definição de regras para o mercado de carbono, além da revisão das metas e compromissos dos governos no combate à crise climática.

Resumidamente, o mercado de crédito de carbono tenta reduzir o aquecimento global, oferecendo a países e empresas que emitem menos carbono a chance de vender títulos (os créditos de carbono) para aqueles que não conseguiram alcançar os seus objetivos de redução de emissões.

 O Brasil pode atrair investimentos no mercado de crédito de carbono, mas para isso precisa restituir as áreas degradadas, conservar as florestas e combater as atividades ambientalmente ilegais.

Nesse contexto, já existe um movimento crescente para formação de portfólios mais saudáveis com a diversificação de opções de investimentos sustentáveis. Indicadores como a matriz energética usada, reutilização da água e níveis de emissão de carbono, serão cada vez mais usados nas decisões de investimentos.

O recomendável é que o ESG (governança ambiental, social e corporativa) faça parte da cultura organizacional das empresas em todas as suas decisões, seja no relacionamento com o cliente, na logística ou na destinação dos resíduos, por exemplo, transformando tudo isso em um fator de competitividade dos negócios.

  

*Lauro Chaves Neto – Professor da UECE, Consultor e Conselheiro Federal de Economia.

*Artigo publicado no jornal O Povo de hoje

 

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