Aquino participa de debate na TV Câmara sobre o Censo Demográfico 2022

  • 11 de agosto de 2022
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O conselheiro federal Fernando de Aquino Fonseca Neto, coordenador da Comissão de Política Econômica do Cofecon, participou na última segunda-feira (08) de um debate no programa Expressão Nacional, da TV Câmara, sobre o Censo Demográfico de 2022. A pesquisa foi iniciada recentemente e deverá ter três meses de duração. 

Um dos pontos de debate foi a periodicidade do Censo, realizado a cada 10 anos. “Isso é um padrão internacional, os países geralmente fazem de 10 em 10 anos”, comentou Aquino. “Poderíamos pensar num Censo completo a cada cinco anos para obter resultados mais precisos para o país. É um gasto, sem dúvidas, mas um gasto que compensa, pelos resultados obtidos. É um gasto estratégico.” 

Aquino abordou a importância do Censo como principal pesquisa realizada pelo IBGE, por apresentar um retrato nítido do país. “A realização da pesquisa é importante para os economistas, porque traz resultados mais completos. Temos outros indicadores, como as PNADs, que funcionam como uma espécie de mini-censo. Mas o Censo é mais completo, mais rico e mais importante”, afirmou o conselheiro. “Esses e outros indicadores permitem acompanhar a economia brasileira e a sociedade entre um Censo e outro e mostram, por exemplo, que produtividade tem estado estagnada e que a participação na indústria tem se reduzido – e este é um setor importantíssimo para o desenvolvimento econômico criando maiores remunerações.” 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), na visão de Aquino, tem uma importância especial e mostra os indicadores sociais se deteriorando ao longo do tempo – por isso, ele não espera resultados positivos no Censo. “A PNAD é um indicador muito útil ao retratar a situação econômica da população, sobretudo na dimensão renda. Nas classes sociais mais baixas, houve uma queda acentuada na renda domiciliar real per capita nos últimos anos”, expôs o economista. “O Censo vai revelar um retrato mais nítido e alcança resultados confiáveis para pequenas regiões, como de município e até bairro, mas não podemos esperar que ele traga resultados favoráveis, porque outras pesquisas realizadas anualmente também não trazem.” 

Uma das novidades deste ano é a possibilidade de responder ao questionário por telefone, na central de atendimento, ou preencher sozinho pela internet. “É uma alternativa interessante e prática. Contudo, sabemos que a maioria da população não tem acesso à internet. O custo é menor e há uma comodidade para o respondedor”, pontuou Aquino. E concluiu: “Os resultados das pesquisas do IBGE não têm ideologia, determinados por uma série de fatores, importantes para avaliação dos economistas, como guerra na Ucrânia, pandemia, corrupção, gestão dos governos e vários outros”.  

Além de Aquino, participaram o Diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, e os deputados federais Idilvan Alencar e Coronel Armando. O debate pode ser assistido clicando AQUI ou no player abaixo: 

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