Artigo – Economia brasileira: retomada e consistência
A economia brasileira deu sinais positivos no corrente ano, embora ainda pouco significativos. Com inflação baixa, taxa de juros e desemprego decrescendo, consumo aumentando e outros fatores, o ânimo empreendedor começa a melhorar. Mas é preciso saber o grau de consistência dessa tendência.
Se a ocorrência é estrutural, a confiança é positiva. Porém, se é produto de maquiagens, como ocorreu no período Lula, não elimina a preocupação. Nesse período, principalmente, muitas maquiagens e estímulos insustentáveis ao consumo alimentaram a construção de uma falsa imagem consistente da economia. Porém, era irrealidade. Ao criar estímulo ao endividamento pessoal, construiu-se repercussão onerosa.
Agora, algumas medidas, como a liberação do FGTS, estímulo ao consumo e outros, também ajudaram a construir uma imagem positiva. Mas ainda é pouco consistente, pesando também a crise política e a preocupação do ano eleitoral. Porém, alguns sinais positivos levam a crer que o País, com seu potencial, poderá retomar a rota certa não só para o crescimento como para o desenvolvimento. Isto dependerá muito da gestão pública.
O afloramento da profunda corrupção enraizada há tempo é uma ocorrência importante, não só para reduzir o desperdício como para levar a consciência de que a população, as organizações e as instituições precisam ficar ativas, criando Comunidades Cívicas e forças para a responsabilidade.
O Brasil tem espaços enormes para reduzir os desperdícios, a dívida pública e os gastos governamentais. Com isso poderá reduzir a carga tributária, melhorando o poder competitivo das empresas e o poder aquisitivo dos brasileiros.
O esforço concentrado e a criação de Comunidades Cívicas são fundamentais para que o País siga o caminho do ´Desenvolvimento sustentável”, sem precisar entregar seus recursos naturais a exploradores estrangeiros.
Isto não é fácil, mas é possível e desejável.
Humberto Dalsasso – Economista, Consultor Empresarial de Alta Gestão.