Artigo – Economia da Saúde
Certamente não existe ser humano que não ouviu falar em Economia. Mesmo indiretamente, seja para o bem ou para o mal. Da mesma forma o termo Saúde, como instituição, é do conhecimento de todos. Agora se alguém usar a expressão Economia da Saúde, poucos certamente sabem exatamente do que se trata. Isso, independentemente de sua importância.
A importância dessa profissão é inquestionável seja nos setores públicos ou privados. Sejam os médicos, gestores e qualquer formulador de políticas do setor contam com os ensinamentos da Economia da Saúde para traçarem seus planejamentos e desenvolverem as suas ações.
Quando se fala em saúde, a primeira imagem que vem à cabeça é de um sistema que não consegue se encontrar. O cenário é sempre de muitas dificuldades, por mais que se tenha avançado nos últimos anos. Desperdício, falta de incentivo e qualidade no atendimento são apenas alguns dos problemas que se avolumam pelos quatro cantos do país.
Os profissionais da Economia da Saúde usam a ferramenta de seus conhecimentos para, pelo menos, amenizar esse cenário nada amigável. São métodos que auxiliam esse mecanismo de busca de métodos mais eficientes e que venham a beneficiar a sociedade como um todo.
Qualquer passo que se dê na área, como o acesso aos cuidados de saúde, como alocar os recursos de forma racional, maximizar o benefício dos recursos de saúde, prestar uma medicina de melhor qualidade aos pacientes tem uma grande importância. Um dos objetivos da Economia da Saúde é o de contribuir para a qualificação dos gastos e para uma gestão eficiente dos recursos aplicados, com ênfase na preservação da ética do bem comum.
Uma das metas é de acabar com o desperdício e auxiliar na formulação de práticas empreendedoras e inovadoras.
A saúde é um setor altamente complexo. Assim, um grande desafio é atuar em um ramo que tem um custo elevado comparável à Europa Ocidental. Por outro lado, no ranking mundial de eficiência de sistemas nacionais de saúde, editado pela agência de notícias e negócios Bloomberg, o Brasil se posiciona, há alguns anos, consistentemente entre os últimos colocados. Uma incoerência. Se gasta muito em saúde, mas se gasta mal.
Se alguém fizer uma pesquisa em países da Europa ou nos Estados Unidos, comprovará, sem muita dificuldade, que o estudo da Economia da Saúde tem auxiliado na formação e especialização de pessoal que trabalha em planejamento e administração de serviços de saúde. Ainda temos de evoluir na gestão da saúde, mas fica a certeza que se tem buscado o profissionalismo como uma das soluções para seus graves problemas. E a Economia da Saúde tem dado a sua contribuição para esse imenso desafio.
Carime Jabour de França – Economista