Artigo – Made in China 2025

A China, com PIB de US$ 12 trilhões, ocupa o 2º lugar mundial, abaixo apenas dos EUA, com US$ 19,4 trilhôes. O Brasil, com US$ 2,05, ocupa a 7ª posição.

Na relação dívida interna/PIB, enquanto a China tem 47,8%, os EUA 107,8% e o Brasil 83,9%. O Japão tem uma preocupante relação de 236%.

A perspectiva de crescimento mundial para 2019 é 3,9%, liderada pela China, com 6,4%, enquanto o Brasil aparece com 2,5%.

Neste contexto cabe refletir sobre o Plano Made In China 2025, que é um plano estratégico, com visão geoeconômica, geopolítica e geoestratégica.

Tradicionalmente vista como produtora/fornecedora de produtos populares/baratos, de mercadões, a China neste plano prevê e defende uma mudança radical, direcionada a produtos e serviços de alta qualidade, rompendo o paradigma. Quer aproveitar a oportunidade histórica para implementar uma estratégia de revigorar a manufatura chinesa e reforçar o planejamento e a implementação, baseada nos quatro pontos abrangentes: “Modelo Estratégico(uma sociedade próspera, reforma política, estado de direito e disciplina partidária), com objetivo de transformar a China em líder industrial global antes do centenário da fundação da Nova China”.

Neste enfoque abrangente, a China prevê suporte à fabricação de precisão e ágil das indústrias-chave, como maquinaria, aeroespacial, automobilística, equipamentos elétricos, eletrodomésticos, telefonia, informática e outros.

O aviso foi dado. O salário historicamente baixo, embora venha crescendo nos últimos anos, e a baixa carga tributária da China, comparados com o Brasil, exigirão cuidados especiais do Governo e das empresas brasileiras para preservarem e melhorarem o poder competitivo. É um desafio relevante.

Humberto Dalsasso – Economista, consultor empresarial de Alta Gestão.

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