Artigo – Reflexões sobre a pobreza: a miserabilidade como fruto de múltiplos fatores

Por Jakeline Zampieri – Graduada em Ciências Econômicas e em Administração Pública pela Universidade Federal do Paraná, pós-graduada em Gestão em Finanças e Controladoria, em Gestão de Organizações Públicas e em Gestão Pública Municipal, atua no cargo de economista desde 2003. Autora do livro “Santa Felicidade, mais que um bairro – como resgatar as virtudes culturais e turísticas de uma região”, Editora Novas Edições Acadêmicas.

 

Foto: Cristiano Mariz

Uma das coisas mais instigantes na humanidade é a pobreza. Tida como privação dos meios de subsistência, ela permeia a história, as relações no tempo e os sistemas de produção.

 

A procura do motivo pelo qual uma população, ou um indivíduo, é pobre e não consegue se sobressair é absolutamente complexa. A complexidade está arraigada e tem origem em diversos fatores, diferentes e inerentes a cada região do mundo, contudo, parecidos e repetidos em alguns casos.

Crespo (2002) salienta que “Muitos fatores convergem para tornar a pobreza um fenômeno multidimensional inter-relacionado. Isso significa que a pobreza e suas causas variam segundo a idade, gênero, cultura e outros contextos sociais e econômicos.”

Antes de mais nada e para avançar na análise aqui pretendida, é preciso definir o que é pobreza.

Em geral, a pobreza é definida como a privação do que se faz necessário para o bem-estar no aspecto material, notadamente alimentação, vestimentas, habitação e demais ativos. Contudo, dentro do aspecto psicológico da pobreza, esta condição social faz dos pobres elementos mais vulneráveis à humilhação e mais distantes de todo tipo de participação na sociedade. Passam por dificuldades para a obtenção de atendimento médico, serviços de infraestrutura (como, por exemplo, água tratada, fornecimento de energia elétrica), dente outros.

Para Towsend (1996), pobres são os “que não podem obter regime alimentar, confortos, padrões e serviços que lhes permitam desempenhar os papéis, participar das relações e ter o comportamento habitual que se espera” deles como elementos que fazem parte da sociedade.

E, ainda, a pobreza é “relativa” ao se referir a à posição de uma família ou de uma pessoa com relação à renda ou ao consumo em determinado local, país ou região. Ou seja, a pobreza é identificada por meio de comparação.

Assim, a pobreza está em permanente redefinição no discurso público. (DALRYMPLE, 2016). Na entrevista que Dalrymple concedeu a Morgenstern, em 2016, ele destaca que o conceito de pobreza muda ao longo do tempo e diz que alguns tratam

a pobreza moderna como se fosse a mesma do século XVIII, quando as pessoas estavam realmente passando fome. Mesmo nos tempos do meu pai, que nasceu em uma área pobre de Londres, havia crianças sem sapatos, que não comiam mais do que uma vez por dia.”

Contudo, a pobreza é um fenômeno complexo e de difícil mensuração. Não é possível, portanto, ser entendê-la apenas sob um enfoque quantitativo.

 

Discussões sobre as causas da pobreza

Na visão de Wanderley (2004), em que pese o fato de pequenas variações aqui e acolá, em que pese o fato de algum progresso no crescimento econômico e certas conquistas sociais, no geral as desigualdades e injustiças na estrutura social vão se avolumar devido às relações assimétricas de dominação, subordinação na produção, no poder político, na estrutura de classe e na estratificação social.

Myrdal (1968) fala na causação circular da pobreza. Seu pensamento se baseia no fato de que quem nasce pobre terá uma alimentação inadequada, frequentará as piores escolas, terá as piores oportunidades, processo que se repetirá com seus filhos e assim por diante, gerando um círculo que se retroalimenta e não oportuniza ascensão ou melhora na condição de vida dos indivíduos.

Por vezes, as críticas se fundamentam no capitalismo, nas questões financeiras, na falta de oportunidades de uma forma geral. Faz muito sentido, principalmente se só analisarmos a fase capitalista da história.

A intenção de manter as massas na miséria é bastante antiga. Afinal, a massa serve como mão de obra barata. Para isto, não deve desenvolver senso crítico, não deve pensar, deve permanecer pacificamente em sua atividade laboral o máximo de horas diárias e que lhe reste somente o tempo suficiente para descanso de forma a se manter viva e, em tempos capitalistas, consumir o que a mídia determina, utilizando seu minguado poder de compra e sua capacidade de endividamento. Trata-se de um sistema que gera escravos pela dominação, principalmente ideológica. E nisto reside a magia do capitalismo: fazer com que as pessoas pensem que são livres.

Contudo, é oportuno trazer à análise o fato de que a pobreza e a miserabilidade existem muito antes do capitalismo. A vida sob condições sub-humanas é relatada até mesmo na bíblia, ou ainda antes, na história da humanidade. A submissão/exploração do homem pelo homem existe muito antes do sistema capitalista e se deu por diversas formas, algumas permeadas pela violência. Populações já foram mantidas em condições extremas de existência, com alimentação precária, opressão constante, pouca ou nenhuma escolarização.

Mas o que faz com que as pessoas se mantenham dominadas e conformadas, sem sequer buscar melhorar sua condição? Não se pretende aqui realizar um julgamento de valor, mas sim buscar razões para a falta de ação.

É conveniente destacar que não se inclui, nesta análise, questões conjunturais do sistema escravocrata, pela sua própria natureza.

 

A pobreza é um fenômeno social

Além da fome ou alimentação inadequada ou insuficiente, a falta de escolaridade, a falta de moradia, ou moradia precária (que não provê o mínimo que um ser humano precisa para sua higiene e cuidados para uma sobrevivência digna), falta de oportunidade, falta de trabalho, falta de conhecimento, a baixa autoestima, conformismo, opção por viver de auxílio, ausência de estímulo, ausência de ambição, parece ser também um problema cultural que envolve a aceitação da condição de pobre,  pobreza de espírito, falta de planejamento (principalmente familiar), ausência de visão sobre o futuro, ausência de percepção sobre o entorno (seu meio, a sociedade em que vive) e sobre possibilidades que esse entorno pode proporcionar.

Grandes pensadores já falaram sobre a pobreza – de espírito, a exemplo de Confúcio: “Pessoas superiores exigem tudo de si. Pessoas inferiores exigem tudo dos outros.”

Samuel Johnson (apud. Garschagen, 2016) escreveu a biografia de seu amigo, o poeta Richard Savage:

usou a vida do amigo como objeto para uma reflexão moral e psicológica de forma a compreender como era possível alguém perseverar no erro “sem atribuir nenhuma de suas misérias a si próprio”, não crescer “em sabedoria” nem impedir “que a um revés se seguisse outro”. E que “de bom grado afastava os olhos da razão quando ela poderia desvelar-lhe a ilusão e iluminar aquilo que jamais desejava ver: seu verdadeiro estado”.

Theodore Dalrymple, a partir da observação Johnson sobre Savage, analisa e reflete sobre a necessidade de superação desse drama na vida humana, que se inicial a partir de um exame realista e honesto sobre si mesmo, ressaltando que isto é desencorajado pela cultura moderna e pelas políticas públicas que alimentam o Estado do bem-estar social. Garschagen (2016)  explica: “Ao estimularem a atribuição de todas as misérias aos outros”, alerta Dalrymple, a cultura moderna e o Estado de bem-estar social “acabam por exercer uma influência nefasta sobre o caráter humano”.

O curioso é que, mesmo que o Estado venha a prover um sustento mínimo e absolutamente básico para que as pessoas comecem a andar com suas próprias pernas, ainda assim alguns optam por se manter recebendo o baixo valor de assistência e desistam de buscar uma colocação no mercado de trabalho para usufruir da minguada renda que o Estado fornece.

De acordo com Willian Douglas, existem estudos que mostram que, se toda a riqueza existente no mundo fosse dividida em partes iguais e distribuídas entre todas as pessoas, não demoraria muito tempo para que voltasse às mãos de quem já a possui hoje. Douglas explica: “Essas são as pessoas que sabem administrar as riquezas, e as obteriam de volta. Os que nunca aprenderam a lidar com o dinheiro perderiam o “presente” sem muita demora.”.

Há autores que estão colocando a questão da pobreza a nível genético.

Meyer (2019), no artigo “¿Son mejores los genes de los ricos que los de los pobres?”, menciona a existência de estudos que demonstram diferenças entre o comportamento de pessoas com escores genéticos baixos e pessoas com escores genéticos altos. Enquanto os primeiros “eram mais propensos a relatar crenças extremas sobre a economia, incluindo a probabilidade de um boom no mercado de ações ou uma recessão grave” […] ” Este comportamento, de acordo com Meyer, fez com que essas pessoas atrasassem seus investimentos e, portanto, demorassem mais para ter retorno, ou ainda, para acumular riqueza. E prossegue:

Na mesma linha, outro estudo da Universidade de Edimburgo conclui que os genes “determinam a persistência de cada um, bem como o autocontrole, duas peças-chave da personalidade para alcançar o sucesso”.

Por seu turno, a jornalista Amelia Gonzalez (2014) informa na reportagem de sua autoria, denominada “Pesquisadores dos EUA mostram ligação entre calor e pobreza”, que a revista britânica “The Economist” apresentou um estudo de autoria de Melissa Dell, Benjamin Jones e Benjamin Olken no qual os autores fazem uma ligação direta entre calor e pobreza:

Segundo os três pesquisadores norte-americanos, para cada 1ºC a mais num país, seu PIB per capita é 8,5% inferior. Outro estudo citado pela revista mostra que ser 1ºC mais quente reduz em 1,4% a renda per capita do PIB do país.

De acordo com o texto, a relação entre calor e pobreza pode ser associado ao fato de que temperaturas mais altas propiciam o aparecimento de doenças tropicais, podem desencadear secas que dizimam lavouras – isto justamente em países que são mais dependentes da agricultura, ocasionam migração de pessoas para as cidades maiores e ”como se sabe, quanto mais inchadas, mais problemáticas ficam as cidades.” (GONZALES, 2014).

É verdade que o frio gera encadeamentos produtivos e econômicos pela necessidade de provisionar, de produzir itens que amenizem as agruras locais e viabilizem a existência humana naquela região. Por exemplo, em lugares frios as pessoas precisam de mais aparatos tais como roupas mais quentes, sapatos, casas com calefação, dentre outros itens. E isto, nos lugares frios, não se pode enquadrar como escolha: os bens são necessários. A produção dos bens demanda matéria prima e trabalho, proporcionando a geração de produtos secundários, como embalagens, subprodutos, etc. Oportuniza conhecimento, na medida em que há esforço para se produzir, para se descobrir formas de produção que utilizem menos insumos, aumentando a produtividade.

Lugares nos quais o clima é mais quente e que exigem o mínimo de vestimentas, proporcionam alimentos que crescem praticamente sem o labor humano – tais como frutos tropicais, proporcionam a possibilidade de dormir ao relento porque a noite não requer abrigo, fazem com que não haja necessidade de muito esforço para viver e produzir, o que pode ‘acostumar’ as pessoas a uma vida mais despreocupada com as necessidades de subsistência e pode haver menos preocupação com o futuro, tendo em vista que não precisam provisionar nada para o ‘inverno’ ou tempos mais difíceis.

Geralmente é dos lugares onde há mais dificuldades que surgem as maiores soluções. Para exemplificar, a Inglaterra era um país miserável, repleta de rochedos e poucas áreas para produção agrícola. Através da produção de lã, com a criação de carneiros nas áreas rochosas, surgiu a saída econômica para a região com base na produção de tecidos, culminando com a Revolução Industrial.

Atendidas as necessidades fundamentais do ser humano, pode-se passar a fazer uma reflexão sobre os entraves e os obstáculos que afetam as pessoas na busca por melhores condições de vida.

Obstáculos que afetam as pessoas na busca pela diminuição de seu estado de pobreza:

– conformismo;

– aceitar a condição;

– comodismo pelo não enfrentamento;

– baixa escolaridade/pouca instrução;

– falta de visão;

– pouca percepção;

– falta de iniciativa na busca por oportunidades;

– ausência de metas;

– baixa autoestima;

– sentimento de derrota;

 

 

 

Fatores que contribuem para a melhoria na qualidade de vida:

– vontade;

– energia;

– determinação;

– contestação;

– enxergar oportunidades;

– percepção/noção do todo;

– perceber os caminhos/meios;

– enfrentar desafios;

– autoinstrução/aprendizado com as situações;

– motivação;

– metas;

– persistência;

 

Algumas pessoas parecem completamente conformadas com as condições de miserabilidade sob as quais vivem, aguardam que outros lhes deem o sustento, as provisões e guarnições para que possam conduzir suas vidas com o mínimo. E se contentam com isto. Lhes parece suficiente ter o mínimo. Não há ambição, não há uma busca por crescimento, no seu mais amplo sentido. Viver, para estas pessoas, é poder comer e ter o mínimo para sua subsistência. Trata-se de uma passividade perante a vida, um conformismo. Dentro desta análise, é preciso trabalhar valores, desenvolver a autoestima, proporcionar conhecimentos e despertar o desejo por uma vida melhor. Este é um desafio muito grande, porque sugere a necessidade de mudança de comportamento de grupos, uma mudança de mentalidade e uma nova postura perante a vida.

A realidade é que cada um sabe ‘onde aperta seu sapato’ e quais as dificuldades que lhe atingem. Mas que cada qual buscasse, na medida do possível e dentro da sua realidade, encontrar uma vida melhor.

 

Considerações finais

O que se pretendeu aqui foi tecer uma breve análise que incorpora diferentes concepções sobre as causas da pobreza, reunindo-as em uma única abordagem.

Sempre que pretendemos realizar uma leitura sobre o tema, tem-se a oportunidade de ler artigos, livros ou reportagens centrados em uma determinada causa para a pobreza, como por exemplo o capitalismo, ou razões ambientais, ou culturais de forma separada ou com significativa ênfase em determinada provável causa.

Entretanto, sempre que pensarmos a pobreza como um fenômeno com causas de múltiplas dimensões, se faz necessária uma abordagem que não se centre em uma única causa, como um sistema de produção, por exemplo, visto que se trata a pobreza é um fenômeno social de causas multidimensionais.

Partimos, inicialmente, da definição – até mesmo simplificada – de pobreza, com a abordagem de que ela é relativa e é uma classificação obtida por meio de comparações, sendo que o efetivo enquadramento a nível de pobreza é diferente no tempo, conforme discorrido no texto.

Muito além das questões capitalistas, tivemos a oportunidade de refletir sobre comportamentos de pessoas que atribuem as causas de sua miséria aos outros e nada fazem para buscar uma melhoria na qualidade de vida, como se não lhes coubesse esta responsabilidade.

Passamos para análise de pensamentos de autores, dentre os quais sobre a capacidade (ou incapacidade) de gerar riqueza e de administrá-las que indivíduos apresentam.

Refletimos sobre o amparo que o Estado provê, que sob a ótica de alguns autores, pode gerar pessoas mimadas e sem iniciativa para agir por si mesmas.

Tivemos a oportunidade de refletir sobre a relação entre países de clima quente e pobreza, incluindo na presente análise as considerações de autores sobre fatores genéticos, os quais determinariam qualidades fundamentais para alcançar o sucesso.

Os itens elencados como causas merecem ser considerados na discussão sobre a pobreza, tendo eles – todos ou em parte, com as diferentes combinações e em variadas proporções – alguma participação no estado de pobreza, pois ela não tem uma única causa, sendo a miséria fruto de uma miríade de fatores.

Analisamos, ainda, os obstáculos e os fatores que contribuem para uma melhoria na qualidade de vida de uma pessoa.

E, diante de tudo isto, pode-se, sem medo de errar, dizer que mudar de vida requer – no mínimo – esforço, requer sair do conformismo, partir para a busca de dias melhores. Os estímulos para a superação da pobreza podem ser externos, contudo precisam seguramente ser também internos.

 

Bibliografia

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MYRDAL, Gunnar. Teoria econômica e regiões

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