Cerimônia de abertura do SINCE reuniu 300 pessoas em Natal

  • 1 de setembro de 2016
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Cerca de 300 pessoas prestigiaram a cerimônia de abertura do XXV Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (SINCE), realizado em Natal (RN) nesta quarta-feira, 31 de agosto. O evento reúne, bienalmente, economistas para examinar e debater questões relativas à atuação e aperfeiçoamento do Sistema Cofecon/Corecons, bem como a atuação profissional dos economistas. O tema central desta edição é “Desafios da Economia Brasileira” e a programação segue até sexta-feira, 2 de setembro.

O início da cerimônia foi marcado pela apresentação do coral Camerata de Vozes do Rio Grande do Norte, que entoou canções como “Ave Maria” e “Mulher Rendeira”, emocionando o público presente. A mesa diretiva do evento foi composta pelo presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya; o presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Norte (Corecon-RN) e coordenador da comissão organizadora do evento, Ricardo Valério Costa Menezes; o superintendente de Relações Institucionais e de Mercado Helder Maranhão, representando o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales de Araújo; o presidente da Ordem dos Economistas do Brasil, Manuel Enríquez Garcia; o presidente da Federação Nacional dos Economistas, Juarez Trevisan; o superintendente estadual do Banco do Nordeste, José Mendes Batista; e o diretor Geraldo Paiva, representando o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Em seu discurso, o presidente do Corecon-RN ressaltou que esta é a primeira vez que o Simpósio é realizado no Nordeste e destacou a fama de bons anfitriões atribuída aos potiguares. Contou também algumas curiosidades sobre o estado, ressaltou a importância de mulheres para a história do País, como a conterrânea Nísia Floresta, e destacou a descriminação com as regiões Norte e Nordeste como um desafio a ser superado. “Manifesto nossa indignação contra a seca de investimentos e eterna discriminação com nossas regiões que têm enorme potencial econômico e turístico, além de um povo trabalhador e determinado a vencer. Isto alimenta uma enorme concentração da renda q gera tanta injustiça social e falta de oportunidades”, opinou.

O presidente do Cofecon destacou a necessidade dos economistas de posicionarem sobre as principais questões econômicas do País e lembrou que o Cofecon tem se esforçado para ampliar a participação no debate nacional, por meio da divulgação de notas técnicas a cada plenária. Lembrou que a data do evento é histórica por conta do impeachment da presidente Dilma Rousseff, consumado nesta quarta-feira. “Nós, como economistas, devemos estar atentos ao que vai acontecer a partir de agora. É importante para nós termos claro que todos queremos a retomada do crescimento econômico. A discussão que vamos travar é como essa retomada se dará. Não podemos querer a retomada do crescimento a qualquer custo, desprezando todos os ganhos sociais que tivemos nos últimos anos”, afirmou.

Em seguida, foram premiados os vencedores do Prêmio Brasil de Economia, criado na segunda metade dos anos oitenta para estimular a produção acadêmica e a disseminação da boa técnica econômica. Foram premiados trabalhos nas seguintes categorias: monografia de graduação, artigo técnico ou científico, dissertação de mestrado, tese de doutorado e livro de Economia. Também foi entregue a honraria Destaque Econômico do Ano 2015. Na modalidade Academia, Paulo Sérgio Fracalanza representou a Universidade de Campinas. “Ficamos comovidos, convictos e convencidos de que estamos no caminho certo. O instituto de pesquisa em economia conta com mais de 70 doutores, mais de 600 alunos de graduação e quase 250 alunos de pós-graduação, e aqui represento todos eles. Estamos empenhados em pesquisar sobre as raízes do subdesenvolvimento, as armadilhas da pobreza e origens da desigualdade étnica, de gênero, de renda e regional”, destacou Paulo Sérgio Fracalanza.

O editor-executivo do jornal Valor Econômico, Pedro Cafardo, recebeu a homenagem Destaque Econômico na modalidade Mídia. “Economistas são nossa principal fonte. Quando somos premiados por eles, o que já acontece pela terceira vez, entendemos que estamos no caminho certo, desempenhando um bom trabalho e transmitindo bem as informações para a população”, comemorou. O coordenador de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Luis Olinto Ramos, recebeu a honraria na modalidade Desempenho Técnico e o economista José Santana da Costa recebeu homenagem em reconhecimento às suas relevantes contribuições à Ciência Econômica e ao trabalho em prol da categoria dos economistas.

Ao final das premiações, houve palestra “Desafios da Economia Brasileira: previdência e assistência social como instrumento para a redução da desigualdade no Brasil”, ministrada pelo economista Milko Matijascic que teve Rogério Nagamine Costanzi e Roberto Piscitelli como debatedores e mesa coordenada pelo presidente do Cofecon, Júlio Miragaya.

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