Cofecon oferece curso de extensão Bancos Comunitários e Moedas Sociais
Ação tem apoio do Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais, que já realizou iniciativas semelhantes na USP, UFRJ e UFSCAR
O Conselho Federal de Economia e o Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais realizam, no mês de julho, o curso de extensão Bancos Comunitários e Moedas Sociais. Com duração de quatro aulas, que serão disponibilizadas sempre às quartas-feiras (10, 17, 24 e 31 de julho), o EAD irá abordar temas como características e desafios dos bancos comunitários, moedas sociais, microcrédito e finanças solidárias. As três primeiras aulas são gravadas, e a última é ao vivo, pelo Zoom, garantindo assim que haja interação entre os participantes e os professores convidados. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio da plataforma Even3, no link https://bit.ly/4cCC26H .
Programação
A primeira aula aborda as características e desafios dos bancos comunitários. Carolina Pupo tratará de conceitos relacionados a bancos comunitários, enquanto Anderson Oriente abordará a implantação e consolidação e William Retamiro discutirá questões referentes à sustentabilidade das instituições.
O tema da segunda aula serão as moedas sociais. Henrique Pavan trará os principais conceitos, Luiz Arthur Faria falará das moedas sociais municipais e Bruno Sanches abordará o desafio da digitalização destas moedas.
Uma das principais funções exercidas pelos bancos comunitários é o microcrédito, e este será o tema da terceira aula, trazendo o olhar das finanças solidárias sobre o assunto. Regiane Wochler falará de microcrédito, Andrea Gama discutirá a questão da renda básica e Bruno Chapadeiro caracterizará o trabalhador da economia solidária.
Por fim, na quarta aula, serão discutidas perspectivas e possibilidades políticas dos bancos comunitários, com exemplos de casos práticos, como o caso dos bancos Mumbuca, Alegrias e Preventório.
Bancos Comunitários
Os bancos comunitários desempenham um papel importante no Brasil, especialmente em comunidades de baixa renda, promovendo desenvolvimento local e inclusão financeira por meio de serviços bancários acessíveis e adaptados ao lugar em que atuam. Além disso, por estarem inseridos dentro de uma comunidade, prestam serviços que, em alguns casos, não são oferecidos por outros bancos naquela região, como é o caso do microcrédito, apoiando atividades produtivas locais e iniciativas de economia solidária.
Alguns bancos comunitários emitem suas próprias moedas sociais, que circulam apenas dentro da comunidade. Elas incentivam a economia local movimentando o comércio da região e reduzindo a fuga de recursos. Sistemas monetários alternativos vêm ganhando espaço em muitos lugares, mas o Brasil tem sido um espaço particularmente fértil para este tipo de iniciativa, especialmente a partir do sucesso do Banco Palmas, que atua No Conjunto Palmeira, bairro periférico de Fortaleza.
Embora não exista um dado oficial de quantos bancos comunitários atuam no Brasil, trabalhos acadêmicos recentes apontam para a existência de mais de uma centena deles.
O Observatório de Bancos Comunitários e Moedas Sociais já realizou cursos de extensão em parcerias com universidades, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de São Carlos. Conheça a seguir os professores e os conteúdos das aulas.
Professores
Anderson Carlos Nogueira Oriente – Economista. Doutor e Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ. Especialista em Gestão e Gerenciamento de Projetos POLI/UFRJ e Responsabilidade Social e Terceiro Setor pelo IE/UFRJ.
Andrea Gama Santana – Mestranda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Membro do Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento (CEDE/UFF).
Bruno Chapadeiro Ribeiro – Graduado em Psicologia e mestrado em Ciências Sociais pela Unesp. Doutorado em Educação pela Unicamp, com período sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales, França. Pós-doutorado em Saúde Coletiva pela EPM-Unifesp.
Bruno Henrique Sanches – Graduado em Ciências Contábeis e Administração. Mestre em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Especialista em Estatística Aplicada. Pesquisador no Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV.
Carolina Gabriel de Paula Pupo – Possui Bacharelado e Licenciatura em Geografia, além de mestrado e doutorado em Geografia Humana, pela USP.
Henrique Pavan Beiro de Souza – Graduado em História pela USP e em Economia pela UNISUL. Pós-graduado em Economia Urbana e Gestão Pública pela PUC/SP. Mestre em Economia pela UNESP. Doutor em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC.
Luis Arthur Silva de Faria – Doutor em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia pela UFRJ, com período sanduíche no Centre de Sociologie de l’innovation (CSI), Paris, França. Mestre em Engenharia de Sistemas e Computação pela UFRJ e Engenheiro em Telecomunicações pela UFF.
Regiane Vieira Wochler – Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Mestra em Economia Política pela PUC-SP.
Wiliam Retamiro – Economista, Mestre em Planejamento e Desenvolvimento Regional pela UNITAU. Doutor em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela UFSCAR.