Com 0,33% em fevereiro, IPCA aproxima-se do centro da meta

  • 10 de março de 2017
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IPCA-FEV17O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de fevereiro apresentou variação de 0,33% e ficou abaixo dos 0,38% de janeiro em 0,05 ponto percentual (p.p.). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde 2000, quando se situou em 0,13%. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice está em 0,71%, percentual bem inferior aos 2,18% referentes a igual período de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,76%, enquanto havia registrado 5,35% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa atingiu 0,90%.

Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 5,04% e impacto de 0,23 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por 70% dele. Em contrapartida, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,45% e teve intensa atuação em conter o índice, tendo em vista o impacto de -0,11 p.p.

A alta de 5,04% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,99%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,21 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento devido à diferença no período de reajuste.

Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas, com variação de -0,45%, foi decisivo no recuo da taxa do IPCA de janeiro para fevereiro. Este é o menor resultado desde julho de 2010, quando os preços dos alimentos tiveram queda de 0,76%. Ao se considerar apenas os meses de fevereiro, esta é a queda mais intensa desde o início do plano Real (1994).

Considerando os alimentos para consumo em casa, todas as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,39% em São Paulo até -1,57% em Campo Grande. Vários produtos importantes na mesa do brasileiro ficaram mais baratos em fevereiro, como feijão-carioca (-14,22%) e frango inteiro (-3,83%).

A principal pressão individual para baixo veio do item passagem aérea, cuja queda de 12,29% gerou -0,05 p.p. de impacto e quase anulou os 0,06 p.p. dos ônibus urbanos, com tarifas mais caras em 2,33%. Das 13 regiões pesquisadas, as tarifas dos ônibus urbanos, em fevereiro, ficaram mais caras em oito delas, especialmente em Curitiba (15,30%).

Observa-se que o reajuste de 25% de Brasília vigorou de 02 a 18 de janeiro, foi interrompido e retornou à tarifa anterior por decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A partir do dia 28 de janeiro o reajuste voltou a ser aplicado.

Em Curitiba (15,30%), a partir de 6 de fevereiro, ocorreu o reajuste de 14,86% de segunda a sábado, e aos domingos deixou de ser concedido desconto, o que resultou em reajuste de 70,00% nestes dias. Já em Fortaleza (7,99%) e em Vitória (0,97%) as tarifas continuaram mais baratas nos dias de domingo, mas foram reajustadas em 20,93% e 16,67%, respectivamente.

Cabe ressaltar, também, as variações apropriadas nas tarifas dos ônibus intermunicipais em cinco regiões.

Registre-se que na região metropolitana de São Paulo o reajuste de 6,65% concedido às tarifas dos ônibus intermunicipais pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) vigorou de 08 a 11 de janeiro, foi suspenso de 12 de janeiro a 11 de fevereiro e voltou a valer a partir do dia 12 de fevereiro.

Com isto, o grupo Transportes teve variação de 0,24%. Nele, destacam-se, ainda, o seguro de veículos (2,59%) e os combustíveis (-0,25%). O litro da gasolina ficou 0,21% mais barato, sendo que apenas Salvador, com 8,79%, e Campo Grande, com 0,74%, não mostraram queda de preços. Já o etanol apresentou variação média de -0,72%, mas em Salvador ocorreu alta expressiva de 9,50%.

Quanto aos demais grupos, situaram-se entre -0,13% referente ao Vestuário e 0,66% de Comunicação.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,68%), onde o item cursos regulares apresentou alta de 9,65%. O menor índice foi o de Goiânia (-0,39%), reflexo da queda de 4,24% dos combustíveis.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (base).

INPC varia 0,24% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,24% em fevereiro e ficou abaixo da taxa de 0,42% de janeiro em 0,18 p.p. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 4,69%, ficando abaixo dos 5,44% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, o INPC registrou 0,95%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,53% em fevereiro, enquanto no mês anterior registraram alta de 0,35%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,59%, acima da taxa de 0,45% de janeiro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Curitiba (0,66%), onde o item ônibus urbano apresentou alta de 15,30% refletindo o reajuste de 14,86% nas tarifas de segunda a sábado e de 70,00% aos domingos, uma vez que o desconto foi cancelado nesses dias. O menor índice foi o de Goiânia (-0,44%), reflexo da queda de 5,01% da energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 31 de janeiro a 24 de fevereiro de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (base).


Fonte: IBGE

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