Conselheiro comenta possível fim do saque-aniversário do FGTS
Governo pretende apresentar projeto neste mês; ministro Luiz Marinho defende extinção da modalidade, cujas regras impedem o saque do saldo restante em caso de demissão sem justa causa
O saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) voltou ao centro da discussão econômica depois que o ministro Luiz Marinho revelou que o governo quer enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que pode colocar fim a esta modalidade. O envio aconteceria ainda neste mês. Marinho vem defendendo a extinção desde o ano passado e sua principal crítica se deve à regra que bloqueia o acesso ao saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa.
O conselheiro federal Eduardo Reis Araujo falou sobre o assunto ao jornal A Tribuna. Para ele, o governo crê que o saque-aniversário desincentiva a poupança de longo prazo, “pois os trabalhadores tendem a gastar o dinheiro rapidamente”. Araujo comenta também que a proposta de acabar com a modalidade “retira a liberdade do consumidor de usar seu próprio dinheiro; a ideia de estimular o uso do crédito consignado como alternativa é extremamente perigosa, pois pode levar ao endividamento excessivo; e a queda na taxa de juros anunciada é insignificante e não justifica o risco de endividamento”.
Cerca de 7,2 milhões de pessoas perderam seus empregos, mas não puderam realizar o saque do saldo do FGTS por terem feito a opção do saque-aniversário. De acordo com o texto publicado na Tribuna, o Ministério do Trabalho e Emprego está se movimentando para liberar os valores para estas pessoas – um montante de cerca de R$ 22 bilhões.
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