Conselheiro federal explica alta do arroz e feijão no ES

  • 11 de janeiro de 2024
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Entenda as razões por trás do aumento nos preços dos alimentos tradicionais consumidos pelos brasileiros

“Dez entre dez brasileiros preferem feijão”, cantou Gonzaguinha. Mas esse sabor, normalmente combinado com o arroz, tem ficado mais distante do prato de algumas famílias. Segundo dados do IBGE, nos supermercados da Grande Vitória, o arroz subiu 20% de dezembro de 2022 a novembro de 2023. No mesmo período, o feijão preto subiu 11,5% e o azeite 32,47%.

Para o conselheiro federal Eduardo Araújo, em entrevista ao jornal A Gazeta, a alta nos preços do arroz teve influência de fatores como o aumento das restrições nos embarques de arroz pela Índia, o principal exportador global, na tentativa de conter sua própria inflação, e problemas na safra da Tailândia, o segundo maior exportador. “Além disso, a menor área plantada na safra 22/23 no Brasil, em cerca de duas décadas, e os menores estoques em cerca de 15 anos, agravados pelo fenômeno La Niña e uma seca severa na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, contribuíram significativamente”, pontuou.

Já sobre o feijão, o conselheiro disse que o preço no Brasil aumentou devido a uma combinação de fatores: oferta inicialmente alta seguida por uma demanda que superou a produção, impactos climáticos adversos com chuvas excessivas e períodos de seca nas áreas produtoras, problemas de qualidade do produto na segunda safra, e variações na oferta ao longo do ano. “A dinâmica de mercado, incluindo a presença mínima de compradores e o impacto do fenômeno El Niño, também influenciou as cotações, resultando em aceleração dos preços no final do ano”, frisou.

A previsão para 2024, segundo Eduardo, é que que o preço do feijão continue subindo, principalmente em virtude das condições climáticas adversas que afetam as lavouras. Já o arroz deve começar a cair nos primeiros meses do ano. “A previsão é que os preços possam cair a partir de março com o ingresso da safra nacional e maior volume de importações do Mercosul”, estimou Araújo.

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