Conselheiros avaliam os impactos da Taxação das Compras Internacionais
Conselheiros Eduardo Araújo e Claudeci Pereira Neto analisam projeto, aprovado na Câmara e no Senado, que estabelece uma cobrança de 20% de imposto sobre compras internacionais
O conselheiro federal Eduardo Reis Araujo e o presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto, foram ouvidos pelo portal A Gazeta para falar sobre a taxação de compras internacionais, aprovada de forma simbólica pelo Senado na quarta-feira (5). Conhecido como “taxa das blusinhas”, o tributo estabelecido é de 20% em cima do valor das vendas, afetando grandes varejistas internacionais.
Eduardo Araújo, conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e mestre pela Universidade de Oxford, aponta para a importância de compreender as consequências da medida. “Para o cidadão comum, o entendimento dessa questão econômica pode parecer complexo, mas é essencial considerar como essas políticas impactam o bem-estar social”, afirma o economista.
Araujo enfatiza que a medida visa proteger o varejo nacional e equilibrar as finanças públicas e alerta que, para os consumidores, a tributação resultará em preços mais altos e menos opções, afetando diretamente seu bem-estar e reduzindo a eficiência econômica do país. “A taxação pode oferecer benefícios a certos setores. Mas é fundamental que haja um debate técnico e transparente sobre seus verdadeiros custos e benefícios, assegurando que essa tomada de decisão reflita os interesses da sociedade como um todo”, comenta o economista.
Por sua vez, o presidente do Corecon-ES acredita que a taxação de 20% pode não afetar significativamente o volume de compras, especialmente onde não há concorrência local. “Se for colocar na ponta do lápis, uma empresa do Brasil não paga só o ICMS, mas também Imposto de Renda, FGTS de funcionários, Cofins, IPTU, IPI, entre outros impostos estaduais, municipais e federais. Há uma concorrência desequilibrada em relação a impostos“, aponta Claudeci.
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