Corecon-DF e Fecomércio-DF promovem debate sobre a economia do Distrito Federal

  • 11 de agosto de 2016
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As realidades e as perspectivas da economia do Distrito Federal foram tema de debate realizado nesta quinta-feira (11), em Brasília. O evento, organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) e pelo Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), faz parte das comemorações da Semana do Economista e reuniu diversos profissionais da área e representantes de diferentes setores produtivos para discutir a conjuntura local.

 A presidente do Corecon-DF enalteceu o evento e destacou que o debate é de suma importância para os economistas, estudantes de Ciências Econômicas e para a população do Distrito Federal. “Temos consciência que a sociedade espera de nós propostas e ações concretas que nos levem à recuperação da dinâmica da nossa economia”, disse.

O moderador do debate, José Eustáquio Moreira de Carvalho, que é assessor econômico da Fecomércio-DF e conselheiro do Corecon-DF, ressaltou a importância de entender a realidade local para traçar perspectivas e encontrar soluções para o momento de crise. “Temos que entender o que nos trouxe essa situação para encontrarmos alternativas eficazes. A experiência dos diversos setores aqui representados é fundamental para fazer esse diagnóstico”.

O momento delicado da economia local foi abordado pelo também conselheiro do Corecon-DF, Roberto Piscitelli. Para ele, o problema não é apenas conjuntural. “A crise vai além do que grande parte de nós tem enxergado, ela é estrutural, política e institucional. Precisamos aprofundar o debate nesse sentido”, alertou o economista.

O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Jamal Jorge Bittar, chamou a atenção para o cenário de desequilíbrio fiscal observado em grande parte dos estados, que impõe desafios ao setor industrial. “Os governos precisam colocar as contas públicas em ordem. Enquanto isso não acontecer, os investimentos seguirão inibidos e o setor produtivo continuará a sofrer as consequências”, ponderou Bittar.

A crise econômica favorece o quadro da concentração da produção agropecuária, que é uma adversidade que tem se acentuado nas últimas décadas, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Renato Simplício Lopes. O gestor avalia que há carência de políticas fundiárias rurais para reverter a situação de “poucos produzirem muito e muitos produzirem pouco”, como relatou. No entanto, Lopes aponta um lado oportuno. “Ninguém gosta de passar por crise, mas esse cenário propicia e estimula mudanças necessárias que não aconteceriam sem a manifestação de um momento difícil”.

Encerrando as exposições dos debatedores, o presidente da Fecomércio-DF, Aldemir Santana, recordou que o comércio foi o último setor a sentir os impactos da crise, ainda no final de 2014, mas que, desde então, os reflexos têm sido muito fortes. “A renda da população caiu, como consequência, o poder de compra também. Logo, o consumo seguiu a mesma linha. As lojas sentiram uma forte queda nas receitas, muitas tiveram que fechar as portas e, assim, cresceu o desemprego e o mercado informal. Veio o endividamento das famílias, a baixa arrecadação do Estado que, por fim, torna mais difícil a saída desse ciclo”, explicou.

Quando o debate foi aberto ao público presente, diversos economistas e profissionais atuantes em Brasília discutiram com os palestrantes possíveis ações para estimular o setor produtivo, recuperar a economia e aumentar a eficiência da Administração Pública.

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