Eduardo Araujo fala sobre investimentos no Renda+, do Tesouro Direto

  • 23 de agosto de 2024
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Conselheiro federal foi ouvido pelo portal Folha Vitória e abordou diferenças e semelhanças com a previdência privada, destacando a segurança como uma das principais vantagens

O portal Folha Vitória publicou uma matéria sobre o Renda+, do Tesouro Direto, no qual o investidor compra os títulos por um período de tempo estabelecido e, após o prazo escolhido, recebe um rendimento durante vinte anos. O conselheiro federal Eduardo Reis Araujo foi ouvido pela reportagem e explicou o funcionamento desta modalidade de investimento.

O interesse vem crescendo após uma influenciadora digital mostrar o simulador que está disponível na própria página do Tesouro (AQUI). “O Tesouro Renda+ não substitui o INSS, mas sim o complementa. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o sistema de previdência pública no Brasil, obrigatório para todos os trabalhadores formais, como os que estão sob o regime CLT. A contribuição ao INSS é descontada diretamente do salário e garante um benefício previdenciário mínimo na aposentadoria, conforme as regras estabelecidas pelo governo”, explica Araujo.

“Já o Tesouro Renda+ é um título público oferecido pelo Tesouro Direto, que permite ao investidor acumular recursos ao longo do tempo, visando complementar a renda na aposentadoria. Ou seja, ao investir no Tesouro Renda+, você está criando uma reserva financeira adicional, que poderá garantir um fluxo de renda extra durante 20 anos após o período de acumulação. Este investimento é opcional e funciona como uma espécie de aposentadoria privada, mas com a segurança de ser garantido pelo governo federal”, prossegue o economista.

Embora existam similaridades com planos de previdência privada, Araujo também aponta que há diferenças fundamentais. “Enquanto a previdência privada é gerida por instituições financeiras que investem em uma combinação de ativos de renda fixa e variável, o Tesouro Renda+ é um título de renda fixa emitido diretamente pelo governo”, comenta. “Isso significa que, ao investir no Tesouro Renda+, você está emprestando dinheiro ao governo e, em troca, receberá uma remuneração atrelada à inflação (IPCA) mais uma taxa de juros fixa. A grande vantagem aqui é a segurança, pois o risco de inadimplência do governo brasileiro é considerado muito baixo. Além disso, não há a possibilidade de perdas significativas de capital, o que pode ocorrer em planos de previdência privada que invistam parte dos recursos em renda variável”.

Araujo também ressalta que a taxa de retorno é composta por uma parcela fixa e outra variável, atrelada ao IPCA, o que oferece proteção contra a inflação, algo que nem todos os planos de previdência privada podem garantir de forma tão direta. “Além disso, o Tesouro Renda+ não tem as mesmas taxas administrativas que costumam incidir sobre os planos de previdência privada, como taxa de carregamento e taxa de administração, que podem corroer a rentabilidade ao longo dos anos. Embora exista a cobrança de imposto de renda e, em alguns casos, uma taxa de custódia, esses custos geralmente são menores do que os praticados em previdências privadas”, pondera o economista. “Para alguém que busca segurança e uma forma de preservar o poder de compra ao longo do tempo, o Tesouro Renda+ pode ser uma alternativa mais atrativa”.

A entrevista completa publicada pelo Folha Vitória pode ser acessada clicando AQUI.

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