Em coletiva, Lacerda aborda inserção internacional e divisão de ministério

  • 7 de dezembro de 2022
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O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, participou nesta terça-feira (06) de uma entrevista coletiva do grupo Planejamento, Orçamento e Gestão da equipe de transição. Participaram também a economista Esther Dweck, que atua junto a Lacerda na coordenação do GT, e o economista Aloízio Mercadante, coordenador geral dos grupos de trabalho da transição. 

Em sua fala, Lacerda abordou a importância da inserção internacional do Brasil. “Este trabalho que estamos fazendo é o resgate da função do antigo ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, partindo de uma visão moderna do Estado, e uma das áreas fundamentais é a de assuntos internacionais”, comentou o presidente do Cofecon. “A inserção internacional do Brasil é um tema relevante e o presidente Lula tem se dedicado pessoalmente. No entanto, o que nos deparamos aqui é que estamos inadimplentes junto a órgãos internacionais, e isso é grave. A dívida atual do Brasil monta a cinco bilhões de reais.” 

Na avaliação de Lacerda, o Brasil perde posição ao ser inadimplente. “Vai na contramão de um projeto de inserção internacional. O básico a ser feito é cumprir com estes compromissos. O grupo está avaliando, fazendo um levantamento completo de todo o passivo que temos para verificar o espaço no orçamento e orientar o novo governo”, explicou. “Desta forma resgataremos esta função determinante para a visão que temos de Estado, de planejamento e desenvolvimento nacional.” 

Ao responder perguntas dos veículos de comunicação presentes, Lacerda questionou a ansiedade existente por parte do chamado mercado quanto à nomeação do ministro da Fazenda. “Muito desta visão que se tem hoje é de que ele define a política. Foi assim no governo atual: não tinha um programa, nomeou o que ele chamou de posto de combustível e esse ministro conduziu a economia”, constatou o economista. “Nosso processo é invertido. Elaboramos as diretrizes gerais, o programa de governo. A política econômica não será de um ministro, e sim do governo. Teremos três áreas integradas, que são Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Eles terão que interagir na questão da infraestrutura e do meio ambiente, entre outras. Essa visão integrada e abrangente da economia vai criar uma interlocução com os agentes econômicos e com a sociedade. É a partir dessa conjunção entre a função do Estado e do setor privado que se pode retomar o crescimento.” 

A entrevista coletiva pode ser assistida clicando AQUI ou no player abaixo:

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