ETNO: Etnodesenvolvimento e Economia Solidária
O Projeto Etnodesenvolvimento e Economia Solidária em Comunidades Tradicionais na Região de Paraty – ETNO faz parte de um esforço que articula atores locais, alunos de extensão, voluntários e servidores docentes e técnicos.
Desenvolve suas ações de pesquisa e extensão com Bolsas do PROFAEX 2017/18 PR/5 – UFRJ, na Aldeia Indígena Itaxĩ Parati-Mirim Guarani Mbya; Associação de moradores do Quilombo do Campinho da Independência e a Comunidade Caiçara Ilha do Araújo.
Segundo seu documento propositivo, tem como objetivo geral “contribuir para o etnodesenvolvimento através do fomento à Economia Solidária e o fortalecimento das comunidades tradicionais no território étnico econômico solidário junto com os alunos de extensão, por meio de processos dialógicos, da pesquisa-ação e formação por demanda”.
Conceito de Etnodesenvolvimento
“É o exercício da capacidade social dos povos indígenas para construir seu futuro, em consonância com suas experiências históricas e os recursos reais e potenciais de sua cultura, de acordo com projetos definidos segundo seus próprios valores e aspirações. Ou seja, o etnodesenvolvimento pressupõe existirem as condições necessárias para que a capacidade autônoma de uma sociedade culturalmente diferenciada possa se manifestar, definindo e guiando seu desenvolvimento.” (VERDUM, 2006, P.73).
Olhar sobre o território
Tem como base o modelo de desenvolvimento que mantém a etnicidade como diferencial sociocultural de uma sociedade, de forma a reconhecer os direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais das populações, considerando fundamental o respeito e a valorização das identidades e formas de organização para o trabalho.
Conclusão
O uso de tecnologias sociais apropriadas e a formação de multiplicadores e artesãos para melhoria e ampliação dos seus produtos e serviços nos territórios, terá enorme impacto positivo nas condições de vida destas comunidades tradicionais. Por esse caminho, e articulados a outras ações do Plano de trabalho do Projeto de Extensão Etnodesenvolvimento e Economia Solidária em Territórios Tradicionais na Região de Parati e a possibilidade de alunos de graduação e pós-graduação da UFRJ vivenciarem ações de extensão fora do campus universitário. Com isso, torna um grande espaço de trocas de saberes tradicionais e acadêmicos.
Publicado originalmente no site do NIDES.
Tem ou conhece algum projeto de extensão que incentive atividades de economia solidária?
Conheça o prêmio Paul Singer e concorra a prêmios em dinheiro!
Estão abertas de 31/01 a 29/04 as inscrições para o Prêmio Paul Singer de Boas Práticas Acadêmicas, uma iniciativa do Cofecon e do Instituto Paul Singer criada para incentivar atividades de economia solidária no formato de projetos de extensão, preferencialmente em incubadoras universitárias.
“Este é um projeto antigo que ganhou força no último ano. Para nós, ter um prêmio com o nome do grande Paul Singer é motivo de muito orgulho”, comenta Denise Kassama, vice-presidente do Cofecon em 2020 e 2021, militante na área de economia solidária e uma das impulsoras da iniciativa. “Hoje temos milhares de iniciativas que acontecem de norte a sul do País. A crise econômica mostrou que a economia solidária pode ser um dos caminhos para reduzir os impactos do desemprego causado pelo fechamento de diversas empresas durante a pandemia”.
Podem ser inscritos trabalhos com até seis participantes, sendo que a metade ou mais devem ser estudantes de Economia, e até dois profissionais coordenadores, sendo pelo menos um deles economista registrado no respectivo Conselho Regional de Economia. As inscrições poderão ser feitas de forma eletrônica, por meio do site do Cofecon na internet. Ao todo, serão R$ 10 mil em prêmios.
Categorias e Prêmios
Incubação de Projetos
Na categoria serão reconhecidas iniciativas inéditas de economia solidária planejadas, organizadas e empreendidas pelos autores inscritos. O prêmio é de R$ 4 mil para o primeiro colocado, com menções honrosas para o segundo e terceiro colocados.
Assessoramento de Projetos
Aqui será reconhecido o apoio dos autores a projetos já existentes de economia solidária. O prêmio é de R$ 6 mil para o primeiro colocado, cabendo também menções honrosas ao segundo e terceiro colocados.
Podem ser inscritos trabalhos com até seis participantes, sendo que a metade ou mais devem ser estudantes de Economia, e até dois profissionais coordenadores, sendo pelo menos um deles economista registrado no respectivo Conselho Regional de Economia. As inscrições poderão ser feitas de forma eletrônica, por meio do site do Cofecon na internet. Ao todo, serão R$ 10 mil em prêmios.
Paul Singer
Nascido na Áustria, Singer chegou ao Brasil em 1940, aos oito anos, devido à perseguição aos judeus depois que a Áustria foi anexada à Alemanha nazista. Graduou-se em Economia pela Universidade de São Paulo, em 1959. Doutorou-se em Sociologia, tornou-se livre docente em Demografia e professor titular em Economia pela mesma universidade. Singer foi um dos fundadores do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), em 1969, onde atuou até 1988. Também foi professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde permaneceu por quatro anos e chefiou o Departamento de Economia.
Exerceu o cargo de Secretário do Planejamento do Município de São Paulo (1989-1992). Em 1996, Singer liderou a criação da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares na USP e em 2003, assumiu a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES no Ministério do Trabalho e Emprego, cargo em que permaneceu até 2016. Em 2011 apresentou suas ideias a respeito dos bancos comunitários – que ele considerava instrumentos importantes para a erradicação da miséria.
É autor de extensa obra, com temas diversos como desenvolvimento, economia política, dinâmica populacional, urbanismo, trabalho, socialismo, inflação e economia solidária – tema ao qual se dedicou intensamente durante as últimas décadas de sua vida. Faleceu em 16 de abril de 2018, aos 86 anos.
O instituto Paul Singer
Formalizado recentemente, o Instituto Paul Singer tem três áreas de atuação: acervo, formação e pesquisa. Na área de acervo, o Instituto divulga os livros do economista – grande parte deles estavam fora de catálogo e serão reeditados. Na parte de formação, vários cursos serão oferecidos e em 2022 serão comemorados os 90 anos de Singer.
“O Instituto tem conselheiros e articuladores que são da economia solidária”, explica Marcelo Gomes Justo, diretor executivo do Instituto. “Singer se dedicou intensamente a ela durante mais de 20 anos. Acreditamos que os fóruns e incubadoras universitárias de cooperativas e todos os movimentos de economia solidária já fazem o principal trabalho nesta área”.
Regulamento
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