FMI eleva previsão de crescimento do Brasil no médio prazo; Eduardo Araujo comenta
Conselheiro falou ao portal Brasil 61 e apontou que este crescimento deve ser desigual entre regiões e municípios. Conselheiro regional Gelton Coelho (Corecon-MG) também comentou o assunto
O Fundo Monetário Internacional divulgou na última quinta-feira um comunicado sobre a economia brasileira, no qual projeta um crescimento de 2,1% para o ano de 2024. Já a projeção para o crescimento de médio prazo passou de 2% para 2,5%. A matéria pode ser lida clicando AQUI.
O conselheiro federal Eduardo Reis Araujo falou sobre o assunto ao portal Brasil 61 e destacou que, embora a revisão para cima seja uma notícia positiva, os efeitos serão desiguais entre regiões e municípios. “É uma notícia positiva, mas deve ser acompanhada de efeitos diferenciados para cada cidade. Lembrando que a projeção não significa que necessariamente vai acontecer. Cada município tem o seu dever de casa para se adaptar, especialmente às mudanças legislativas como a reforma tributária”, comentou Araujo.
O conselheiro regional Gelton Pinto Coelho, do Corecon-MG, também realçou essa desigualdade nos resultados. “Nós temos municípios com alto desenvolvimento tecnológico e outros que não possuem essa especialização. Em um país continental como o Brasil, não há crescimento homogêneo. Alguns municípios terão um crescimento maior, outros não”, apontou. Ele chamou a atenção para o aumento na demanda por financiamento de veículos: “Isso mostra a positividade. Uma pessoa, para tomar a decisão de comprar um veículo, tem a expectativa de que vai se manter no emprego ou um certo padrão de renda, conseguindo pagar a parcela do financiamento”.
De acordo com o FMI, a desaceleração do crescimento para 2,1% em 2024 reflete “uma política monetária ainda restritiva, a redução do déficit fiscal, a calamidade das enchentes no Rio Grande do Sul e a normalização da produção agrícola”. Já a revisão do crescimento de médio prazo é impulsionada “pelos ganhos de eficiência decorrente da reforma dos impostos indiretos e do aumento da produção de hidrocarbonetos. O investimento em oportunidades de crescimento verde pode elevar ainda mais o potencial econômico”.