Inflação atinge 4,48% em doze meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de julho teve variação de 0,33%, bem abaixo da taxa de junho, de 1,26%. O acumulado no ano ficou em 2,94%, acima do 1,43% registrado em igual período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,48%, acima dos 4,39% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2017, a taxa atingiu 0,24%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período |
Taxa |
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Julho de 2018 |
0,33% |
Junho de 2018 |
1,26% |
Julho de 2017 |
0,24% |
Acumulado no ano |
2,94% |
Acumulado nos 12 meses |
4,48% |
Os grupos Habitação (1,54%) e Transportes (0,49%) desaceleraram de junho para julho, mas foram os que mais contribuíram na composição do índice e tiveram as maiores variações entre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Já Vestuário (-0,60%), Alimentação e bebidas (-0,12%) e Educação (-0,08%) tiveram deflação.
IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Junho | Julho | Junho | Julho | |
Índice Geral | 1,26 | 0,33 | 1,26 | 0,33 |
Alimentação e Bebidas | 2,03 | -0,12 | 0,50 | -0,03 |
Habitação | 2,48 | 1,54 | 0,39 | 0,24 |
Artigos de Residência | 0,34 | 0,47 | 0,01 | 0,02 |
Vestuário | -0,16 | -0,60 | -0,01 | -0,03 |
Transportes | 1,58 | 0,49 | 0,29 | 0,09 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,37 | 0,07 | 0,04 | 0,01 |
Despesas Pessoais | 0,33 | 0,31 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,02 | -0,08 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,00 | 0,08 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Habitação (1,54%), o item energia elétrica (5,33%) desacelerou em relação a junho (7,93%), mas foi o item que exerceu o principal impacto no índice de julho (0,20 p.p.). Além da continuidade da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido, algumas das áreas tiveram reajustes (tabela a seguir).
IPCA – Energia elétrica | |||
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Energia elétrica | |||
Região | Variação (%) | Reajuste (%) | Data |
Porto Alegre * | 1,72 | 21,51 | 19/06 |
Brasília | 7,92 | 8,78 | 22/06 |
Curitiba | 10,29 | 15,06 | 24/06 |
São Paulo * | 10,08 | 15,84 | 04/07 |
* – O reajuste ocorreu em uma das concessionárias pesquisadas | |||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
As variações negativas em Belém (-0,01%), Goiânia (-1,83%) e Vitória (-0,30%) foram por conta da redução na alíquota de PIS/COFINS. Nas demais áreas, as alíquotas desses tributos aumentaram.
Ainda no grupo Habitação, a variação de 0,69% no item taxa de água e esgoto foi em razão dos reajustes nas tarifas das seguintes regiões pesquisadas:
IPCA – Taxa de água e esgoto | |||
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Taxa de água e esgoto | |||
Região | Variação (%) | Reajuste (%) | Data |
São Paulo | 1,17 | 3,50 | 09/06 |
Salvador | 1,75 | 4,09 | 12/06 |
Porto Alegre | 0,96 | 2,15 | 01/07 |
Goiânia | 3,09 | 3,37 | 07/07 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O item gás de botijão teve queda (-0,18%), embora tenha havido reajuste de 4,38% nas refinarias, para o botijão de 13 kg, autorizado pela Petrobras em 5 de julho.
O grupo dos Transportes (0,49%) também teve desaceleração de junho para julho, em decorrência da queda nos preços dos combustíveis (-1,80%). Em julho, houve deflação nos preços da gasolina (-1,01%) e do etanol (-5,48%), que haviam subido, respectivamente, 5,00% e 4,22% em junho.
O ônibus urbano subiu 1,46%, refletindo os reajustes de 9,72% na tarifa no Rio de Janeiro (7,34%), em vigor desde 21 de junho, e o de 14,28% em Rio Branco (6,57%), a partir de 14 de julho. Já o item ônibus intermunicipal subiu 0,38%, em média, com os reajustes de 8,94, desde 17 de junho, em Porto Alegre(3,56%), de 4,50%, a partir de 18 de junho, em São Paulo (0,32%) e de até 4,93%, desde 7 de julho, em Goiânia (3,09%).
O item ônibus interestadual subiu 8,70%, devido ao reajuste médio de 10,14% nas passagens, em vigor desde 2 de julho. As altas ficaram entre 0,89% em São Luís e 19,22% em Fortaleza. As passagens aéreassubiram 44,51%, após a queda de 2,05% de junho.
O grupo Alimentação e bebidas teve deflação (-0,12%) em julho, após apresentar, em junho, a maior alta dos últimos 29 meses (2,03%). As variações nas áreas ficaram entre
-1,72% em São Luís e 1,07% em São Paulo. A deflação desse grupo em julho refletiu, além do aumento da oferta de itens alimentícios, o realinhamento de preços após as altas decorrentes da paralisação dos caminhoneiros, no final de maio.
O grupo dos alimentos para consumo no domicílio caiu 0,59% em julho, após subir 3,09% em junho. As principais quedas foram: cebola (de 1,42% em junho para -33,50% em julho), batata-inglesa (de 17,16% para -28,14%), tomate (de 0,94% para -27,65%), frutas (de 1,61% para -5,55%) e carnes (de 4,60% para -1,27%). No lado das altas, os destaques foram o leite longa vida (11,99%) e o pão francês (2,22%).
A alimentação fora de casa acelerou de junho (0,17%) para julho (0,72%) com destaque para o lanche fora(1,40%) e a refeição (0,39%).
No Vestuário (-0,60%) destaca-se a queda nas roupas (-0,91%): masculinas (-0,94%), femininas (-0,87%) e infantis (-0,91%), além dos calçados (-0,44%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,07%) a desaceleração veio por conta do item plano de saúde (0,30%) que reflete a apropriação da fração mensal do reajuste de 10,00% autorizado, em 27 de junho, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com vigência retroativa a maio, a ser aplicado nos planos individuais novos – aqueles com contratos vigentes a partir de 1989. O resultado é a fração mensal do reajuste, descontando a variação apropriada nos meses de maio e junho.
Regionalmente, o maior índice foi na região metropolitana de São Paulo (0,63%) em virtude da alta de 10,08% na energia elétrica, com o reajuste de 15,84% nas tarifas de uma das concessionárias locais, desde 4 de julho. Destacam-se, também, as altas do leite longa vida (11,46%) e da passagem aérea (45,77%). O menor índice foi de Campo Grande
(-0,37%), onde sobressaíram as quedas na cebola (-41,38%), na batata-inglesa (-38,01%), no tomate(-31,34%), e na gasolina (-2,98%).
IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 30,67 | 1,11 | 0,63 | 2,78 | 5,03 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 1,20 | 0,59 | 3,69 | 4,78 |
Brasília | 2,80 | 1,20 | 0,58 | 2,41 | 4,68 |
Rio Branco | 0,42 | 0,77 | 0,51 | 1,69 | 1,69 |
Curitiba | 7,79 | 1,56 | 0,28 | 2,85 | 4,52 |
Salvador | 6,12 | 0,86 | 0,24 | 3,22 | 3,71 |
Vitória | 1,78 | 1,29 | 0,19 | 2,92 | 4,14 |
Belo Horizonte | 10,86 | 1,86 | 0,18 | 3,39 | 4,56 |
Porto Alegre | 8,40 | 1,43 | 0,05 | 3,55 | 5,15 |
Belém | 4,23 | 0,69 | 0,00 | 2,01 | 2,32 |
Goiânia | 3,59 | 1,25 | -0,05 | 1,69 | 4,74 |
Aracaju | 0,79 | 1,31 | -0,06 | 1,63 | 1,63 |
Recife | 4,2 | 1,47 | -0,07 | 2,48 | 3,23 |
Fortaleza | 2,91 | 1,15 | -0,09 | 2,28 | 3,05 |
São Luís | 1,87 | 1,30 | -0,28 | 1,92 | 1,92 |
Campo Grande | 1,51 | 0,87 | -0,37 | 2,21 | 3,76 |
Brasil | 100,00 | 1,26 | 0,33 | 2,94 | 4,48 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de junho a 27 de julho de 2018 com os preços vigentes no período de 30 de maio a 27 de junho de 2018.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,25% em julho e ficou 1,18 p.p. abaixo da taxa de 1,43% de junho. O acumulado no ano ficou em 2,83%, acima do 1,30% registrado em igual período do ano passado. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 3,61%, acima dos 3,53% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2017, a taxa atingiu 0,17%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,20% em julho enquanto, no mês anterior, haviam registrado alta de 2,24%. O grupamento dos não alimentícios teve variação de 0,44% enquanto havia registrado 1,08% em junho.
Nos índices regionais, o maior ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (0,75%) em virtude do reajuste de 9,72% nas tarifas dos ônibus urbanos (7,34%) em vigor desde 21 de junho. Destacam-se, também, o leite longa vida (21,96%) e a energia elétrica (3,06%). O menor índice (-0,49%) ficou com São Luís, onde sobressaíram as quedas na cebola (-31,16%) e no tomate (-29,41%).
INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
Rio de Janeiro | 9,51 | 1,65 | 0,75 | 4,26 | 3,91 |
São Paulo | 24,24 | 1,32 | 0,73 | 2,94 | 4,49 |
Rio Branco | 0,59 | 0,84 | 0,64 | 1,92 | 1,92 |
Curitiba | 7,29 | 1,84 | 0,22 | 2,96 | 4,29 |
Brasília | 1,88 | 1,43 | 0,20 | 2,26 | 3,41 |
Salvador | 8,75 | 1,00 | 0,15 | 2,76 | 2,74 |
Belo Horizonte | 10,60 | 2,12 | 0,10 | 3,18 | 3,77 |
Belém | 6,44 | 0,71 | -0,03 | 1,90 | 1,79 |
Porto Alegre | 7,38 | 1,69 | -0,03 | 3,72 | 4,98 |
Goiânia | 4,15 | 1,16 | -0,03 | 1,27 | 4,04 |
Vitória | 1,83 | 1,58 | -0,07 | 2,86 | 3,44 |
Fortaleza | 5,42 | 1,21 | -0,15 | 1,96 | 2,30 |
Recife | 5,88 | 1,43 | -0,16 | 1,93 | 2,06 |
Aracaju | 1,29 | 1,32 | -0,17 | 1,35 | 1,35 |
Campo Grande | 1,64 | 1,17 | -0,36 | 2,06 | 2,82 |
São Luís | 3,11 | 1,33 | -0,49 | 1,64 | 1,64 |
Brasil | 100,00 | 1,43 | 0,25 | 2,83 | 3,61 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de junho a 27 de julho de 2018 com os preços vigentes no período de 30 de maio a 27 de junho de 2018.