Inflação fica em 0,10% em outubro

  • 7 de novembro de 2019
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de outubro apresentou variação de 0,10%, enquanto, em setembro, havia registrado -0,04%. Este é o menor resultado para um mês de outubro desde 1998, quando o IPCA ficou em 0,02%. No acumulado do ano, o índice registrou 2,60% e, na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 2,54%, abaixo dos 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2018, a taxa foi de 0,45%.

Período Taxa
Outubro de 2019 0,10%
Setembro de 2019 -0,04%
Outubro de 2018 0,45%
No ano 2019 2,60%
Acumulado nos 12 meses 2,54%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação de setembro para outubro, com destaque para Habitação (-0,61%), grupo responsável pela maior contribuição negativa no IPCA do mês, com -0,10 ponto percentual (p.p.).

Entre as taxas positivas, destacam-se o Vestuário (0,63%), Saúde e cuidados pessoais (0,40%) e Transportes (0,45%), com impacto de 0,08 p.p. no índice. Já Alimentação e bebidas, após a variação negativa observada em setembro (-0,43%), apresentou ligeira alta (0,05%), contribuindo com 0,01 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,09% em Artigos de residência e a alta de 0,20% em Despesas pessoais.

IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral -0,04 0,10 -0,04 0,10
Alimentação e Bebidas -0,43 0,05 -0,11 0,01
Habitação 0,02 -0,61 0,00 -0,10
Artigos de Residência -0,76 -0,09 -0,03 0,00
Vestuário 0,27 0,63 0,02 0,04
Transportes 0,00 0,45 0,00 0,08
Saúde e Cuidados Pessoais 0,58 0,40 0,07 0,05
Despesas Pessoais 0,04 0,20 0,01 0,02
Educação 0,04 0,03 0,00 0,00
Comunicação -0,01 -0,01 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A variação positiva do grupo Alimentação e bebidas (0,05%) deveu-se, especialmente, ao grupamento da alimentação fora de casa, cuja alta passou de 0,04% em setembro para 0,19% em outubro. Após a queda de preços verificada no mês anterior (-0,06%), a refeição registrou alta de 0,24%, e o lanche, cujos preços já haviam subido em setembro (0,17%), registrou alta de 0,32%.

Já a alimentação no domicílio (-0,03%) apresentou queda pelo sexto mês consecutivo, embora esta tenha sido menos intensa que a registrada nos meses de agosto e setembro (-0,84% e -0,70%, respectivamente). Os destaques foram a cebola (-20,84%), com impacto de -0,04 p.p., e a batata-inglesa (-9,06%), com impacto de -0,02p.p. As carnes, por sua vez, apresentaram alta de 1,77% e contribuíram com o maior impacto individual no grupo, com 0,05 p.p.

Após estabilidade (0,00%) em setembro, Transportes apresentou variação de 0,45% em outubro, influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (1,38%). A gasolina, que havia apresentado ligeira queda (-0,04%) no mês anterior, passou para uma alta de 1,28%, contribuindo com 0,05 p.p. no índice do mês. À exceção de Brasília (-0,17%) e São Luís (-0,79%), todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva, indo desde o 0,33% registrado em Vitória até os 2,62% observados em Aracaju. Os preços do etanol (1,90%), do óleo diesel (1,82%) e do gás veicular (0,44%) também subiram e contribuíram para a aceleração dos combustíveis na comparação com o mês anterior (0,12%).

Ainda em Transportes, destaca-se a alta nos preços das passagens aéreas (1,93%) após dois meses com variações negativas (-15,66% em agosto e -1,54% em setembro).

O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,40%) desacelerou em relação a setembro (0,58%). A maior contribuição individual (0,03 p.p.) veio do plano de saúde (0,59%), com resultado próximo ao do mês anterior (0,57%). Os preços em higiene pessoal (0,94%), por sua vez, subiram menos em relação a setembro (1,65%), com impacto de 0,02 p.p.

A maior variação positiva no IPCA de outubro ficou com grupo Vestuário (0,63%), com destaque para as altas observadas em roupa feminina (0,98%), roupa masculina (0,38%) e roupa infantil (0,30%). As joias e bijuterias mostraram aceleração, passando de uma alta de 1,92% em setembro para 2,23% em outubro.

Após a ligeira alta observada em setembro (0,02%), Habitação (-0,61%) apresentou, em outubro, a maior variação negativa entre os grupos pesquisados, principalmente em função da queda do item energia elétrica (-3,22%). À exceção de Salvador (0,86%) e Vitória (2,24%), todas as áreas registraram recuo nos preços, desde o -0,26% de Recife até os -5,99% de Goiânia. Enquanto, em setembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, em outubro, passou a vigorar a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor, de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora. Além disso, houve redução média de 5,30% nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo (-4,37%), vigente desde 23 de outubro. Em Brasília (-5,44%) e em Goiânia (-5,99%) também houve redução nas tarifas, ambas a partir de 22 de outubro: na primeira, a redução foi de 6,91% e, na segunda, de 5,08%.

Ainda em Habitação, destaca-se o reajuste de 4,87% na taxa de água e esgoto (0,52%) do Rio de Janeiro (4,40%), vigente desde 1º de outubro. No que diz respeito ao item gás de botijão (0,74%), ressalta-se que a Petrobrás anunciou um reajuste, nas refinarias, de 4,80% a 5,30% no preço do botijão de gás de 13 kg, a partir de 22 de outubro.

Quanto aos índices regionais, conforme mostra a tabela a seguir, a maior variação ficou com o município de Campo Grande (0,31%), principalmente por conta da alta no preço das carnes (4,47%) e da gasolina (2,29%). Já o menor índice foi registrado no município de São Luís (-0,37%), em função da queda observada no item energia elétrica (-4,43%) e da queda nos preços da cebola (-25,65%).

IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Campo Grande 1,51 -0,04 0,31 2,62 2,37
Vitória 1,78 -0,02 0,29 2,02 1,71
Rio de Janeiro 12,06 -0,13 0,27 2,64 3,03
Belém 4,23 0,08 0,22 2,71 3,21
Belo Horizonte 10,86 -0,18 0,17 2,66 2,57
São Paulo 30,67 -0,06 0,14 2,91 2,63
Salvador 6,12 0,14 0,08 2,40 2,66
Goiânia 3,59 0,41 0,07 2,20 2,29
Aracaju 0,79 0,05 0,04 2,85 3,22
Fortaleza 2,91 -0,08 0,04 3,45 3,45
Porto Alegre 8,40 -0,04 -0,01 2,42 2,25
Recife 4,20 -0,09 -0,07 2,58 2,65
Brasília 2,80 -0,17 -0,08 1,72 1,60
Curitiba 7,79 0,06 -0,12 1,99 1,55
Rio Branco 0,42 0,30 -0,14 2,46 3,00
São Luís 1,87 -0,22 -0,37 1,69 1,83
Brasil 100,00 -0,04 0,10 2,60 2,54

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 27 de setembro de 2019 (base).

INPC de outubro fica em 0,04%

Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC do mês de outubro apresentou variação de 0,04%, enquanto, em setembro, havia registrado -0,05%. Este resultado é o menor para um mês de outubro desde o início do Plano Real. A variação acumulada no ano ficou em 2,67% e, no acumulado dos últimos doze meses, o índice desacelerou para 2,55%, abaixo dos 2,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2018, a taxa foi de 0,40%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,02% em outubro enquanto, no mês anterior, registraram -0,42%. O agrupamento dos não alimentícios apresentou variação de 0,05%, enquanto, em setembro, havia registrado 0,11%.

A região metropolitana de Vitória (0,31%) apresentou a maior variação, em função da alta observada no item energia elétrica (2,23%). A variação positiva foi consequência do aumento nas alíquotas de PIS/COFINS praticadas na região. Já o menor índice foi registrado no município de São Luís (-0,40%), também por conta da energia elétrica (-4,44%), embora em sentido oposto. Além disso, pesou também a queda da cebola (-25,65%), com impacto de -0,16 p.p. no resultado da área.

INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Vitória 1,83 -0,01 0,31 2,57 1,87
Belém 6,44 0,04 0,30 2,81 3,23
Campo Grande 1,64 0,02 0,27 2,60 2,25
Rio de Janeiro 9,51 -0,15 0,20 2,80 2,66
São Paulo 24,24 -0,07 0,12 2,97 2,54
Salvador 8,75 0,06 0,10 2,36 2,79
Belo Horizonte 10,60 -0,20 0,07 2,89 2,82
Goiânia 4,15 0,37 -0,02 2,36 2,60
Fortaleza 5,42 -0,21 -0,03 3,28 3,48
Aracaju 1,29 0,01 -0,03 2,84 3,32
Recife 5,88 -0,15 -0,11 2,51 2,71
Porto Alegre 7,38 0,00 -0,11 2,52 2,17
Rio Branco 0,59 0,28 -0,18 2,31 2,71
Curitiba 7,29 0,08 -0,21 2,13 1,45
Brasília 1,88 -0,11 -0,28 1,71 1,17
São Luís 3,11 -0,18 -0,40 1,52 1,79
Brasil 100,00 -0,05 0,04 2,67 2,55

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de agosto a 27 de setembro de 2019 (base).


Fonte: IBGE

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