Inflação foi de 0,22% em abril

  • 10 de maio de 2018
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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,22%, ficando 0,13 ponto percentual acima do resultado de março (0,09%). O acumulado no ano foi de 0,92%, o menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,76%, depois de registrar 2,68% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2017, o IPCA havia atingido 0,14%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de abril foi de 0,21%, com o acumulado do ano ficando em 0,69%, alcançando também o menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. A publicação completa e o material de apoio do IPCA podem ser acessados à direita da página.

PERÍODO

TAXA

Abril de 2018

0,22%

Março de 2018

0,09%

Abril de 2017

0,14%

Acumulado no ano

0,92%

Acumulado nos 12 meses

2,76%

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Comunicação apresentou deflação em abril, com variação de -0,07%. Transportes, com variação de 0,00%, mostrou, na média, estabilidade nos preços de março para abril. Já os demais grupos vieram com alta, variando de 0,08% a 0,91%, conforme pode ser observado na tabela abaixo.

IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal         
Grupo  Variação (%) Impacto (p.p.)  
Março  Abril  Março  Abril   
Índice Geral 0,09 0,22 0,09 0,22
      
Alimentação e Bebidas 0,07 0,09 0,02 0,02
Habitação 0,19 0,17 0,03 0,03
Artigos de Residência 0,08 0,22 0,00 0,01
Vestuário 0,33 0,62 0,02 0,04
Transportes -0,25 0,00 -0,05 0,00
Saúde e Cuidados Pessoais 0,48 0,91 0,06 0,11
Despesas Pessoais 0,05 0,12 0,01 0,01
Educação 0,28 0,08 0,01 0,0 
Comunicação  -0,33 -0,07 -0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve a maior variação (0,91%) e a maior contribuição (0,11 p.p.) no mês, respondendo por metade do IPCA de abril, com destaque para remédios (1,52%) e plano de saúde (1,06%). Os medicamentos refletem o reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo de medicamento.

A alta de 0,17% na Habitação foi impulsionada pela energia elétrica (0,99%) devido aos reajustes nas tarifas em cinco das 13 regiões pesquisadas. No Rio de Janeiro, esses reajustes referem-se às duas concessionárias e, em Porto Alegre, a apenas uma das concessionárias que operam naquela região metropolitana.

Energia elétrica 
Região Variação (%) Reajuste (%) Data  
Rio de Janeiro 3,94 9,09 e 21,46 15/03
Campo Grande 9,69 10,65 08/04
Porto Alegre 3,47 9,85 19/04
Salvador 3,09 16,95 22/04
Fortaleza  3,34 3,80 22/04
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices    de Preços         

Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão recuou 0,02%. Desde 5 de abril, vigora a redução de 4,45% nas refinarias, anunciada pela Petrobras, no preço dos botijões de gás de 13kg.

Os alimentos registraram alta de 0,09% em abril, sendo que os consumidos no domicílio aceleraram de março (-0,18%) para abril (0,27%) e a alimentação fora do domicílio registrou queda de 0,22%, frente a alta de 0,52% de março. Tal movimento foi impulsionado pela refeição fora (de 0,62% em março para -0,55% em abril).

Na alimentação no domicíliocebola (19,55%), hortaliças (6,46%), leite longa vida (4,94%) e frutas(2,95%) registraram alta. Já batata-inglesa (-4,31%), açúcar cristal (-2,80%), frango inteiro (-2,08%) e carnes (-0,31%) registraram queda.

No grupo dos Transportes (0,00%), as altas do conserto de automóvel (1,31%) e da gasolina (0,26%) compensaram as quedas do etanol (-2,73%) e das passagens aéreas (-2,67%), levando o grupo a apresentar, na média, estabilidade nos preços de março para abril.

Ainda nos Transportes, o item ônibus urbano (0,12%), teve reajuste de 6,17% nas tarifas de Porto Alegre(2,14%), em vigor desde 13 de março. No ônibus intermunicipal (0,29%), foram incorporados os seguintes reajustes: 6,30% em Fortaleza (6,20%), em vigor desde 31 de março; 4,86% em Campo Grande (2,78%), vigorando a partir de 1º de abril e 3,00% em Vitória (2,02%), desde 14 de março.

Nos demais grupos de produtos e serviços destacam-se, no Vestuário (0,62%), as roupas femininas, que ficaram, em média, 1,66% mais caras. Já nos Artigos de residência (0,22%) o destaque foi o item eletrodomésticos (0,42%).

A queda de 0,07% no grupo Comunicação foi motivada pelos aparelhos telefônicos que ficaram, em média, 2,04% mais baratos de um mês para o outro. Também houve variação de 1,54% no item correio, em decorrência da cobrança adicional de R$3,00 nas entregas realizadas no Rio de Janeiro (1,85%), que passou a vigorar desde 11/04.

Em termos regionais, foram registradas a queda de 0,18% em Goiânia e a alta de 0,73% em Campo Grande, com destaque para o item energia elétrica em ambos os casos. Em Goiânia, a variação de -3,83% foi motivada pela redução na alíquota do PIS/COFINS. Já em Campo Grande (9,69%) houve reajuste de 10,65% nas tarifas, em vigor desde 08 de abril.

IPCA – Variação mensal, ano e 12 meses por região          
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%) 
Março Abril Ano 12 meses 
Campo Grande 1,51 -0,35 0,73 0,68 1,98
Porto Alegre 8,4 0,11 0,40 1,28 2,92
Brasília 2,80 0,01 0,40 0,46 2,99
Belém 4,65 0,03 0,35 1,03 1,23
Salvador 7,35 -0,27 0,34 0,97 2,05
Recife 5,05 -0,31 0,33 0,32 1,99
Rio de Janeiro 12,06 0,12 0,30 1,58 2,75
Fortaleza 3,49 0,23 0,28 0,85 1,46
Belo Horizonte 10,86 0,23 0,22 1,14 2,31
Vitória 1,78 -0,28 0,19 0,77 2,10
São Paulo 30,67 0,22 0,10 0,82 3,48
Curitiba 7,79 0,10 0,08 0,54 2,98
Goiânia 3,59 0,02 -0,18 -0,04 3,48
       
Brasil 100,00 0,09 0,22 0,92 2,76
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços             

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 27 de abril de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 02 de março a 29 de março de 2018 (base).

INPC foi de 0,21% em abril

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,21% em abril e ficou 0,14 p.p. acima da taxa de 0,07% de março. O acumulado no ano foi de 0,69%, seu menor nível para um mês de abril desde a implantação do Plano Real. No acumulado dos últimos doze meses, o índice foi de 1,69%, ficando acima do 1,56% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2017, o INPC registrou 0,08%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,11% em abril, enquanto, no mês anterior, recuaram 0,17%. O agrupamento dos não alimentícios subiu 0,25%, enquanto, em março, havia registrado 0,17%.

Em termos regionais, Goiânia (0,27%) teve queda e Campo Grande (0,72%) alta. Em ambos os locais o destaque foi o item energia elétrica. Em Goiânia, a variação de -4,11% foi motivada pela redução na alíquota do PIS/COFINS. Em Campo Grande (9,69%), houve reajuste de 10,65% nas tarifas, em vigor desde 8 de abril.

INPC – Variação mensal, ano e 12 meses por região         
Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%) 
Março Abril Ano 12 meses 
Campo Grande 1,64 -0,60 0,72 0,12 0,70
Porto Alegre 7,38 0,10 0,46 1,17 2,38
Brasília 1,88 0,18 0,37 0,43 1,65
Salvador 10,67 -0,27 0,34 0,61 1,33
Belém 7,03 0,13 0,31 1,07 0,76
Rio de Janeiro 9,51 0,32 0,29 1,51 1,10
Recife 7,17 -0,34 0,28 0,03 0,83
Belo Horizonte 10,60 0,25 0,26 0,81 1,17
Vitória 1,83 -0,29 0,25 0,69 1,31
Fortaleza 6,61 0,11 0,22 0,75 0,80
São Paulo 24,24 0,23 0,04 0,61 2,54
Curitiba 7,29 -0,01 0,04 0,27 2,40
Goiânia 4,15 -0,07 -0,27 -0,42 2,62
       
Brasil 100,00 0,07 0,21 0,69 1,69
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços             

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 27 de abril de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 02 de março a 29 de março de 2018 (base).


Fonte: IBGE.

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