IPCA acumula 2,21% até outubro

  • 10 de novembro de 2017
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de outubro ficou em 0,42%, 0,26 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de setembro (0,16%). No ano, o índice acumula 2,21%, bem abaixo dos 5,78% registrados em igual período do ano passado, sendo o menor acumulado no ano registrado em um mês de outubro desde 1998 (1,44%). Considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 2,70%, resultado superior aos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,26%.

Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Habitação, com 1,33% de variação e 0,21 p.p. de impacto no índice do mês.

Pelo sexto mês consecutivo, o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,05%), porém bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Tal sequência de variações negativas ocorreu, também, no período de abril a setembro de 1997, com seis meses seguidos de queda nos alimentos. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. No ano, tal variação está em -2,02% sendo que, dos dez meses já transcorridos, sete apresentaram variação negativa. O acumulado no ano é o menor registrado para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, vieram em queda: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca (-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz (-1,14%). As regiões pesquisadas apresentaram variação entre -1,08%, em Recife, e 0,61%, em Curitiba.

Já a alimentação fora apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.

No grupo Artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).

Pelo lado das altas, o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por metade dele. Isso por conta da energia elétrica, em média 3,28% mais cara. A partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, representando uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro, a bandeira tarifária vigente era a amarela, incidindo um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.

Nas regiões pesquisadas, o item variou de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia. Nesta, além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas (a partir de 22 de outubro), houve aumento na alíquota do PIS/COFINS. Já em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Cabe também destacar os reajustes médios de 6,84% em Brasília (em vigor desde 22 de outubro) e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas em São Paulo a partir de 23 de outubro.

Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde 11 de outubro.

Registre-se, também, a variação de 4,71% no gás encanado em Curitiba. Tal variação reflete o reajuste de 5,19% em vigor desde 1º de outubro.

Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre -0,10%, registrado em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,77%) e pelos combustíveis (7,75%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi inverso, com a energia elétrica em queda de 2,27%, e a gasolina registrando redução de 1,22%.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).

INPC varia 0,37% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,37% em outubro. No ano, o acumulado foi de 1,62%, bem abaixo dos 6,36% registrados em igual período do ano passado, sendo a menor variação acumulada para o período desde a implantação do Plano Real. Considerando-se os últimos 12 meses, o índice foi de 1,83%, ficando acima do 1,63% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2016, o INPC registrou 0,17%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,11% em outubro. Em setembro, o resultado havia sido de -0,57%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,58%, acima da taxa de 0,22% de setembro.

Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,22%, registrado no Rio de Janeiro, e 1,50%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,55%) e pelos combustíveis (7,89%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. No Rio de Janeiro, a queda foi impulsionada pela refeição fora (-2,15%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 30 de outubro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto a 27 de setembro (base).


Fonte: IBGE

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