IPCA teve alta de 0,23% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho ficou em 0,24%, após variação de -0,23% em junho. Com isto, o acumulado no ano foi de 1,43%, bem menos do que os 4,96% registrados em igual período do ano passado.
Período |
TAXA |
---|---|
Julho de 2017 |
0,24% |
Junho de 2017 |
– 0,23% |
Julho de 2016 |
0,52% |
No ano 2017 |
1,43% |
Acumulado nos 12 meses |
2,71% |
Em relação aos últimos doze meses, o índice foi para 2,71%, menor acumulado em 12 meses desde fevereiro de 1999 (2,24%). Em julho de 2016, o índice havia registrado variação de 0,52%. Clique aqui para acessar a publicação completa.
Em julho, mesmo com o grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 25% das despesas das famílias, apresentando queda pelo terceiro mês consecutivo (-0,47%), os grupos Habitação (1,64%) e Transportes (0,34%) pressionaram para cima o resultado do mês, conforme mostra a tabela a seguir.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Junho | Julho | |
Índice Geral | -0,23 | 0,24 | -0,23 | 0,24 |
Alimentação e Bebidas | -0,50 | -0,47 | -0,12 | -0,12 |
Habitação | -0,77 | 1,64 | -0,12 | 0,25 |
Artigos de Residência | -0,07 | -0,23 | 0,00 | -0,01 |
Vestuário | 0,21 | -0,42 | 0,01 | -0,02 |
Transportes | -0,52 | 0,34 | -0,09 | 0,06 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,46 | 0,37 | 0,05 | 0,04 |
Despesas Pessoais | 0,33 | 0,36 | 0,04 | 0,04 |
Educação | 0,08 | -0,02 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,09 | -0,02 | 0,00 | 0,00 |
Com o maior impacto individual, 0,20 ponto percentual (p.p.), a energia elétrica (6,00%), do grupo Habitação (1,64%), foi o item que mais contribuiu para o resultado de julho. Isso ocorreu devido à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, a partir de 01 de julho, representando uma cobrança adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos. Acrescente-se, ainda, além do aumento na parcela do PIS/COFINS, ocorrido na maioria das regiões pesquisadas, o reajuste de 7,09% em Curitiba, a partir de 24 de junho, e de 5,15% em uma das concessionárias de São Paulo, em vigor desde 04 de julho. A tabela a seguir apresenta as variações da energia elétrica por região pesquisada.
Região |
Variação |
---|---|
Curitiba | 9,33 |
São Paulo | 8,54 |
Belo Horizonte | 8,01 |
Belém | 6,92 |
Recife | 4,51 |
Salvador | 4,41 |
Vitória | 3,90 |
Goiânia | 3,80 |
Fortaleza | 3,50 |
Porto Alegre | 3,37 |
Rio de Janeiro | 2,77 |
Campo Grande | 1,67 |
Brasília | 0,83 |
Brasil | 6,00 |
Ainda no grupo Habitação, a taxa de água e esgoto (1,21%) teve seu resultado influenciado pelas regiões metropolitanas de Fortaleza (11,27%) e de Porto Alegre (1,90%) onde ocorreram reajustes de 12,90%, em 26 de junho, e de 4,50%, em 1º de julho, respectivamente, além de Goiânia (5,89%), cujo reajuste de 6,29% está em vigor desde o dia 1º de julho.
No grupo Transportes (0,34%), o destaque são os combustíveis (0,92%). O litro do etanol ficou, em média, 0,73% mais caro. Já a gasolina apresentou variação de 1,06%. Isso pois, durante o mês de julho, foram anunciados diversos reajustes (aumentos e reduções) nos preços da gasolina na refinaria e, em 20 de julho, o aumento na alíquota do PIS/COFINS. Em 25 de julho, esse aumento foi suspenso por liminar, derrubada em 26 de julho. Nova liminar, em 03 de agosto, derrubada no dia seguinte, suspendia o efeito do decreto que reajustou as alíquotas do PIS/COFINS dos combustíveis.
Cabe mencionar, ainda nos Transportes (0,34%), as tarifas dos ônibus interestaduais, que passaram a custar 2,15% a mais em razão do reajuste médio de 1,45% no valor das passagens a partir do dia primeiro de julho. As variações ficaram entre o -1,27% da região metropolitana de Salvador e os 6,56% da região metropolitana de Recife.
No lado das quedas, o destaque ficou com o grupo Alimentação e Bebidas (-0,47%) e
-0,12p.p. de impacto puxada pelos alimentos para consumo em casa, mais baratos em 0,81%, indo de -1,80% em Goiânia até 0,06% em Brasília. Já a alimentação fora subiu 0,15%, no intervalo de -0,32% registrados na região metropolitana do Rio de Janeiro, até 1,71% em Goiânia.
Apesar de a maioria dos alimentos passarem a custar menos de junho para julho, a exemplo da batata-inglesa (-22,73%), do leite longa vida (-3,22%), das frutas (-2,35%) e das carnes (-1,06%), o tomate (16,90%) e a cebola (11,70%) apresentaram variações positivas frente às quedas registradas em junho.
Item | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | |
Batata-inglesa | -6,17 | -22,73 | -16,60 | -51,97 |
Feijão-fradinho | -6,60 | -7,11 | -19,69 | -10,37 |
Feijão-carioca | 25,86 | -5,39 | -15,33 | -50,54 |
Açúcar cristal | -0,74 | -3,52 | -11,10 | -3,86 |
Leite longa vida | -0,72 | -3,22 | 2,68 | -22,67 |
Açúcar refinado | 0,50 | -2,62 | -6,21 | -2,77 |
Pescado | -1,60 | -2,54 | 0,70 | 8,78 |
Frutas | -5,90 | -2,35 | -15,42 | -5,03 |
Hortaliças | 0,61 | -2,28 | 7,08 | -7,97 |
Alho | 1,23 | -2,18 | 3,32 | -12,54 |
Arroz | -0,92 | -1,52 | -7,70 | -3,51 |
Frango inteiro | -0,77 | -1,36 | -8,47 | -2,36 |
Carnes | -1,23 | -1,06 | -3,71 | 0,38 |
Leite em pó | -0,54 | -1,00 | -4,07 | 7,71 |
Óleo de soja | -1,32 | -0,88 | -5,65 | -0,82 |
Farinha de trigo | -0,89 | -0,84 | -7,87 | -9,47 |
Pão de forma | 0,82 | -0,72 | 6,14 | 7,30 |
Queijo | -1,12 | -0,53 | 0,20 | 4,02 |
Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre os -0,24% registrados em Campo Grande e os 0,49% da região metropolitana de Curitiba. A tabela a seguir apresenta os resultados por região pesquisada. Na região metropolitana de Curitiba, o aumento foi impulsionado pelas contas de energia elétrica, que ficaram 9,33% mais caras em razão do reajuste de 7,09%, em vigor a partir de 24 de junho. Em Campo Grande, as carnes registraram redução de 2,02%.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
Curitiba | 7,79 | -0,14 | 0,49 | 1,77 | 2,44 |
São Paulo | 30,67 | -0,31 | 0,38 | 1,41 | 2,88 |
Goiânia | 3,59 | -0,04 | 0,38 | 0,73 | 1,31 |
Salvador | 7,35 | -0,08 | 0,35 | 1,66 | 2,54 |
Belo Horizonte | 10,86 | -0,48 | 0,31 | 0,89 | 1,88 |
Recife | 5,05 | -0,09 | 0,29 | 2,55 | 4,24 |
Brasília | 2,80 | -0,22 | 0,28 | 1,51 | 3,79 |
Belém | 4,65 | -0,08 | 0,10 | 0,83 | 1,96 |
Vitória | 1,78 | -0,22 | 0,03 | 1,34 | 2,64 |
Fortaleza | 3,49 | -0,25 | 0,01 | 1,51 | 3,65 |
Rio de Janeiro | 12,06 | -0,09 | -0,03 | 1,95 | 3,25 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,28 | -0,12 | 0,95 | 2,10 |
Campo Grande | 1,51 | -0,40 | -0,24 | 0,59 | 2,94 |
Brasil | 100,00 | -0,23 | 0,24 | 1,43 | 2,71 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de junho de 2017 (base).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,17% em julho, ficando acima da taxa de -0,30% de junho. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 2,08%, ficando abaixo dos 2,56% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2016, o INPC registrou 0,64%.
Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,45% em julho. Em junho, o resultado havia sido de -0,52%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,45%, acima da taxa de -0,20% de junho.
Quanto aos índices regionais, as variações ficaram entre -0,30% registrado em Campo Grande e 0,42% na região metropolitana de Curitiba. Em Campo Grande, as carnes registraram redução de 2,15%. Na região metropolitana de Curitiba, o aumento foi impulsionado pelas contas de energia elétrica que ficaram 9,71% mais caras em razão do reajuste de 7,09%, em vigor a partir de 24 de junho.
Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
Curitiba | 7,29 | -0,20 | 0,42 | 1,92 | 2,06 |
Salvador | 10,67 | 0,09 | 0,36 | 1,86 | 2,63 |
Recife | 7,17 | -0,26 | 0,32 | 2,48 | 4,19 |
São Paulo | 24,24 | -0,42 | 0,31 | 1,16 | 1,82 |
Goiânia | 4,15 | -0,12 | 0,25 | 0,39 | 0,63 |
Belo Horizonte | 10,60 | -0,64 | 0,19 | 0,56 | 0,98 |
Fortaleza | 6,61 | -0,35 | 0,11 | 1,58 | 3,86 |
Brasília | 1,88 | -0,21 | 0,08 | 1,95 | 3,61 |
Belém | 7,03 | -0,08 | -0,03 | 0,84 | 1,69 |
Vitória | 1,83 | -0,33 | -0,06 | 1,28 | 2,15 |
Porto Alegre | 7,38 | -0,41 | -0,13 | 0,77 | 1,42 |
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,27 | -0,16 | 1,60 | 1,94 |
Campo Grande | 1,64 | -0,47 | -0,30 | 0,11 | 1,95 |
Brasil | 100,00 | -0,30 | 0,17 | 1,30 | 2,08 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 31 de julho de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 28 de junho de 2017 (base).