IPCA varia 0,52% em julho

  • 10 de agosto de 2016
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de julho apresentou variação de 0, 52% e ficou acima da taxa de 0, 35% de junho em 0,17 ponto percentual (p.p.). Com este resultado, o acumulado no ano foi para 4,96%, bem menos do que os 6,83% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice situa-se em 8,74%, pouco abaixo dos 8,84% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o IPCA registrou 0,62%.

Acumulando alta de 8,79% no ano, os preços dos alimentos aumentaram 1,32% e foram os responsáveis pela alta do IPCA de junho para julho, exercendo 0,34 p.p. de impacto, a mais elevada variação de grupo.

Com 65% de participação no IPCA do mês, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a mais elevada variação para os meses de julho desde 2000, quando a alta atingiu 1,78%. Na região metropolitana de Vitória, os preços chegaram a subir 2,06%, seguida por Goiânia, com 1,85% e Belo Horizonte, com 1,61%.

Em julho, a liderança no ranking das principais contribuições individuais, com 0,19 p.p., foi para o leite, cujos preços aumentaram 17,58%. Em quatro das treze regiões pesquisadas, o litro do leite chegou a apresentar alta superior a 20%: Belo Horizonte (23,02%), Rio de Janeiro (22,47%), Brasília (21,76%) e Vitória (21,76%).

O feijão-carioca veio na 2a colocação, com alta de 32,42% e impacto de 0,13 p.p.. Em Curitiba e São Paulo, o preço do quilo chegou a subir 45,20% e 43,98%, respectivamente. O feijão-preto também subiu, passando a custar, em média, 41,59% a mais, enquanto o mulatinho ficou 18,89% mais caro e o fradinho, 14,72%.

Além dos expressivos aumentos dos feijões, o arroz também se destaca, com preços elevados em 4,68% na média, atingindo 8,27% em Goiânia, 7,49% em Fortaleza e 6,84% em Belém. Com isto, o feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais.

Entre os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, destacam-se a cebola, com -28,37% e a batata-inglesa, cujos preços caíram 20,00%.

Além dos alimentos, que passaram de 0,71% em junho para 1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: Despesas Pessoais (de 0,35% para 0,70%), Artigos de Residência (de 0,26% para 0,53%) e Transportes (de -0,53% para 0,40%). Nos Transportes (0,40%), grupo de maior peso no orçamento das famílias depois dos alimentos, as pressões foram exercidas pelos seguintes itens:

    Passagem aérea: 19,22%
Ônibus interestadual: 8,21%
Pedágio: 3,99%
Ônibus intermunicipal: 0,81%
Emplacamento e licença: 0,79%
Conserto de automóvel: 0,58%

Sobre as tarifas de ônibus interestadual, o aumento de 8,21% é decorrência do reajuste de 9,04%, que entrou em vigor a partir do dia primeiro de julho.

Quanto aos demais grupos de produtos e serviços pesquisados, observa-se que Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,83% para 0,61%), Educação (de 0,11% para 0,04%) e Comunicação (de 0,04% para 0,02%) apresentaram taxas em desaceleração, enquanto Habitação (de 0,63% para -0,29%) e Vestuário (de 0,32% para -0,38%) mostraram-se em queda.

A respeito do grupo Habitação (-0,29%), o resultado foi influenciado pela energia elétrica, cujas contas ficaram 3,04% mais baratas de junho para julho tendo em vista as quedas registradas nas seguintes regiões: Curitiba (-11,17%), com redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho; São Paulo (-5,74%), onde a redução nas tarifas foi de 7,30% a partir de 04 de julho em uma das concessionárias; e, ainda, Porto Alegre (-0,29%), com redução de 7,50% em vigor desde 19 de junho. Além disso, houve redução nas alíquotas do PIS/COFINS em dez das treze regiões pesquisadas.

Já a taxa de água e esgoto, do grupo Habitação, apresentou alta de 1,09% de um mês para o outro, por influência das seguintes regiões: Goiânia (8,77%), com reajuste de 9,10% a partir de primeiro de julho; Porto Alegre (5,35%), onde o reajuste foi de 11,45% também em primeiro de julho; Salvador (1,85%) tendo em vista o reajuste de 9,98% em vigor desde 06 de junho; Brasília (0,25%), onde o reajuste de 7,95% vigora desde 10 de junho.

Quanto aos índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Salvador, com 0,92%, onde o preço do litro da gasolina aumentou 4,86% e o do etanol, 4,41%. O menor índice foi o de Curitiba, com 0,10%, sob influência da queda de 11,17% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de junho a 28 de julho de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de maio a 29 de junho de 2016 (base). O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Em julho, INPC fica em 0,64%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,64%, em julho, e ficou acima da taxa de 0,47% de junho em 0,17 p.p.. Com este resultado, o acumulado no ano foi para 5,76%, bem menos do que os 7,42% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice está em 9,56%, pouco acima dos 9,49% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em julho de 2015, o INPC registrou 0,58%.

Os produtos alimentícios registraram alta de 1,63% em julho enquanto em junho a variação foi de 0,83%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,18% em julho, abaixo da taxa de 0,31% de junho.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia, com 1,03%, sob pressão da alta de 2,69% dos alimentos comprados para consumo em casa, que ficou acima da média nacional (2,04%), além da taxa de água e esgoto (8,79%), com reajuste de 9,10% a partir de primeiro de julho. O menor índice foi o de Curitiba, com 0,04%, sob influência da queda de 11,58% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de junho a 28 de julho de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de maio a 29 de junho de 2016 (base). O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

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