IPCA variou 0,32% em fevereiro

  • 9 de março de 2018
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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro variou 0,32%, superando em 0,03 ponto percentual (p.p.) o resultado de janeiro (0,29%). 

Este foi o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde o ano 2000, quando se situou em 0,13%. O acumulado nos dois primeiros meses do ano está em 0,61%, menor percentual para o período desde a implantação do Plano Real em 1994. Em 2017, o acumulado no primeiro bimestre havia sido 0,71%. O acumulado dos últimos doze meses ficou em 2,84% e foi o menor para um mês de fevereiro desde 1999 (2,24%).

Em fevereiro de 2017, o IPCA havia sido 0,33%.

Período TAXA
FEVEREIRO de 2018 0,32%
Janeiro de 2018 0,29%
Fevereiro de 2017 0,33%
Acumulado no ano 0,61%
Acumulado nos 12 meses 2,84%

Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 3,89% e impacto de 0,19 p.p., dominou o IPCA, sendo responsável por 59% dele. Em contrapartida, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,33%, contribuindo para conter o índice, com seu impacto de -0,08 p.p. Os resultados dos grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)  
Janeiro Fevereiro Janeiro Fevereiro 
      
Índice Geral 0,29 0,32 0,29 0,32 
      
Alimentação e Bebidas 0,74 -0,33 0,18 -0,08 
Habitação -0,85 0,22 -0,13 0,03 
Artigos de Residência 0,14 0,03 0,01 0,00 
Vestuário -0,98 -0,38 -0,06 -0,02 
Transportes 1,10 0,74 0,20 0,13 
Saúde e Cuidados Pessoais 0,42 0,38 0,05 0,05 
Despesas Pessoais 0,22 0,17 0,03 0,02 
Educação 0,22 3,89 0,01 0,19 
Comunicação 0,11 0,05 0,00 0,00 

A alta de 3,89% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 5,23%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês (0,16 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre os 4,40% de São Paulo e os 8,02% de Goiânia.

Diferentemente dos anos anteriores, foram captadas em fevereiro as variações dos cursos regulares de Fortaleza. Anteriormente, devido à diferença no período de reajuste, as variações desta região eram incorporadas ao índice em março. A seguir tabela com os resultados do grupo Educação por região pesquisada.

Região Variação (%)
Fevereiro
Goiânia 5,81
Recife 4,78
Belém 4,68
Rio de Janeiro 4,57
Curitiba 4,35
Fortaleza 4,22
Salvador 4,03
Campo Grande 3,99
Vitória 3,68
São Paulo 3,51
Porto Alegre 3,29
Belo Horizonte 3,20
Brasília 3,13
  
Brasil 3,89

O grupo dos Transportes apresentou variação de 0,74%, contribuindo com 0,13 p.p. de impacto no índice de fevereiro. Os destaques no grupo foram os itens ônibus urbano (1,90%) e a gasolina (0,85%). Neste último, as variações nas áreas oscilaram entre -3,70% em Fortaleza e 8,55% em Salvador. Com relação aos ônibus urbanos, destaca-se o aumento de 6,38% de Goiânia. Ainda nos Transportes, cabe destacar a variação de 1,73% no item táxi, reflexo do reajuste de 7,39% no Rio de Janeiro (5,94%), em vigor desde 24 de janeiro.

Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas, com variação de -0,33%, contribuiu para conter a taxa do IPCA de janeiro para fevereiro. Considerando os alimentos para consumo em casa, com exceção de Belém (0,29%), as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,16% em Porto Alegre até -1,29% em Campo Grande, como mostra a tabela a seguir.

Região Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Belém 0,78 0,29 1,07 -5,18
Porto Alegre 1,54 -0,16 1,38 -3,09
Brasília 1,25 -0,17 1,08 -2,74
Curitiba 0,89 -0,17 0,72 -3,29
Recife 1,22 -0,35 0,87 -3,88
Belo Horizonte 0,91 -0,65 0,25 -6,23
Fortaleza 1,04 -0,68 0,35 -5,01
Vitória 1,37 -0,80 0,56 -4,96
Goiânia 0,96 -0,83 0,12 -4,50
Salvador 1,48 -0,84 0,63 -4,34
São Paulo 0,90 -0,89 0,00 -2,62
Rio de Janeiro 1,61 -1,06 0,54 -3,04
Campo Grande 0,99 -1,29 -0,32 -4,61
     
Brasil 1,12 -0,61 0,50 -3,81

Foram vários os produtos importantes na mesa do brasileiro que ficaram mais baratos de um mês para o outro, a exemplo das carnes (-1,09%) e das frutas (-1,13%). As principais quedas encontram-se a seguir.

Item Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Alho -3,31 -4,79 -7,94 -24,10
Cenoura 18,54 -3,88 13,94 11,61
Batata-inglesa 10,85 -3,57 6,89 18,20
Açúcar cristal 0,16 -3,56 -3,41 -24,48
Tomate 45,71 -3,29 40,92 48,25
Feijão-carioca -3,32 -2,98 -6,20 -31,74
Açúcar refinado -0,72 -2,58 -3,29 -20,58
Pão de forma 2,65 -1,81 0,79 -1,18
Óleo de soja -0,87 -1,73 -2,59 -15,29
Chocolate em barra e bombom -0,69 -1,52 -2,20 -10,60
Cerveja -0,29 -1,38 -1,66 2,49
Biscoito 0,52 -1,37 -0,85 2,73
Frutas 4,08 -1,13 2,91 -12,29
Carnes 0,46 -1,09 -0,63 -2,22
Arroz -0,23 -1,02 -1,24 -11,34
Chocolate e achocolatado em pó 0,85 -0,95 -0,11 -0,67
Cerveja fora -0,03 -0,81 -0,84 2,27
Suco de frutas 0,12 -0,79 -0,67 2,29
Café moído -0,21 -0,75 -0,96 2,25
Frango inteiro -0,36 -0,70 -1,05 -5,72
Frango em pedaços -0,49 -0,65 -1,14 -3,50

Quanto aos demais grupos, esses situaram-se entre -0,38% referente ao Vestuário e 0,38% de Saúde e Cuidados Pessoais.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,72%), com destaque para o ônibus urbano, com alta de 4,71% e os cursos regulares, que subiram 5,89%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Rio de Janeiro 12,06 0,42 0,72 1,14 3,09
Belém 4,65 0,08 0,57 0,65 1,07
Salvador 7,35 0,35 0,55 0,90 1,80
Belo Horizonte 10,86 0,36 0,33 0,68 1,72
São Paulo 30,67 0,21 0,29 0,50 3,64
Recife 5,05 0,03 0,27 0,30 3,04
Campo Grande 1,51 0,10 0,20 0,30 1,60
Brasília 2,80 -0,15 0,19 0,04 3,10
Vitória 1,78 0,70 0,15 0,86 2,51
Curitiba 7,79 0,26 0,10 0,36 3,02
Porto Alegre 8,40 0,68 0,08 0,76 2,86
Goiânia 3,59 0,05 0,07 0,12 4,08
Fortaleza 3,49 0,34 0,00 0,34 1,69
      
Brasil 100,00 0,29 0,32 0,61 2,84

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2017 a 29 de janeiro de 2018 (base).

INPC varia 0,18% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,18% em fevereiro e ficou 0,05 p.p. abaixo da taxa de 0,23% de janeiro. Este foi o INPC mais baixo para os meses de fevereiro desde 2000, quando se situou em 0,05%. O acumulado dos últimos doze meses desceu para 1,81%, ficando abaixo dos 1,87% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Este acumulado foi o menor para o período desde a implantação do Plano Real. Em fevereiro de 2017, o INPC registrou 0,24%.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,36% em fevereiro enquanto no mês anterior registraram alta de 0,76%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,41% enquanto, em janeiro, apresentaram estabilidade.

Entre os índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,65%), onde se destacaram os itens ônibus urbano (4,71%), refeição fora (2,25%) e os cursos regulares (5,99%). O menor índice foi o de Goiânia (-0,03%), reflexo da queda de 5,09% da energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Janeiro Fevereiro Ano 12 meses
Rio de Janeiro 9,51 0,24 0,65 0,89 1,15
Belém 7,03 0,11 0,52 0,63 0,44
Salvador 10,67 0,28 0,26 0,54 1,20
Belo Horizonte 10,60 0,16 0,14 0,30 0,58
Vitória 1,83 0,64 0,09 0,73 1,56
São Paulo 24,24 0,25 0,09 0,35 2,82
Recife 7,17 0,02 0,08 0,10 2,04
Curitiba 7,29 0,17 0,07 0,24 2,59
Fortaleza 6,61 0,37 0,04 0,41 1,22
Brasília 1,88 -0,15 0,04 -0,12 1,63
Porto Alegre 7,38 0,59 0,02 0,61 2,35
Campo Grande 1,64 0,01 0,00 0,01 0,33
Goiânia 4,15 -0,04 -0,03 -0,08 3,43
      
Brasil 100,00 0,23 0,18 0,41 1,81

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 01 de março de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2017 a 29 de janeiro de 2018 (base).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

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