Lauro Chaves: “inflação se deve a uma série de fatores”
O conselheiro federal Lauro Chaves Neto falou ao portal O Otimista sobre o índice de inflação divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez em seis anos o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou um ano acima de 10%.
“A inflação brasileira, em 2021, superou todas as expectativas de cenários projetados pelos economistas, o que fez com que a taxa de juros subisse muito mais que o previsto, impactando todos os setores da economia. Isso se deve a uma série de fatores, como covid-19, câmbio, geopolítica e alta dos combustíveis no mercado internacional. Tudo isso é preponderante”, afirmou o conselheiro ao portal. “Resta saber se conseguiremos trazer essa inflação para o centro da meta ou se vai extrapolar o limite previsto novamente”.
“Além disso, a grande complicação são as questões eleitorais. Existe um acirramento muito grande da política brasileira. E qualquer incerteza nesse sentido contamina as expectativas econômicas. Mas creio que, neste ano, devemos ter inflação de 6% a 8%, dentro do cenário que se apresenta hoje. É um índice que estaria ainda acima do centro da meta, mas menor que o cenário que se revelou em 2021”, acrescentou Lauro. “As projeções de crescimento do PIB têm caído pela incerteza do cenário. A maior ameaça é a questão eleitoral, pois não se sabe como será o acirramento da política e o que pode trazer de consequência para a economia. A incerteza gera retração, que gera desemprego e redução da retomada econômica. Nesse cenário, a economia começa a patinar”.
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