PIB cai 0,3% no primeiro trimestre de 2016
O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou variação negativa de 0,3% na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o quarto trimestre de 2015, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o quinto resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. Na comparação com igual período de 2015, houve contração do PIB de 5,4% no primeiro trimestre do ano, oitava queda seguida nesse tipo de comparação. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2016, o PIB registrou queda de 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, a maior da série histórica, iniciada em 1996.
Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,47 trilhão no primeiro trimestre de 2016. Já no acumulado nos quatro trimestres encerrados em março de 2016, totalizou R$ 5.943,3 bilhões, sendo R$ 5.088,3 bilhões referentes ao valor adicionado (VA) a preços básicos e R$ 855,1 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Em relação ao 4º tri de 2015, PIB cai 0,3%
O PIB variou -0,3% no primeiro trimestre de 2016 contra o último trimestre de 2015 na série com ajuste sazonal. A agropecuária variou negativamente em 0,3%, a indústria recuou 1,2% e os serviços apresentaram variação negativa de 0,2%.
Na indústria, a maior queda se deu na extrativa mineral, com retração de 1,1%. A indústria de transformação (-0,3%) apresentou resultado negativo pelo sexto trimestre consecutivo. A construção sofreu queda de 1,0% e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana teve expansão de 1,9%.
Nos serviços, o comércio (-1,0%), a intermediação financeira e seguros (-0,8%) e os serviços de informação (-0,7%) apresentaram as maiores quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior. Transporte, armazenagem e correio teve variação negativa de 0,4%, enquanto que outros serviços (0,1%), administração, saúde e educação pública (0,1%) e atividades imobiliárias (0,0%) mantiveram-se praticamente estáveis.
Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo (-2,7%) recuou pelo décimo trimestre consecutivo nessa base de comparação (-2,7%). A despesa de consumo das famílias (-1,7%) caiu pelo quinto trimestre seguido. Já a despesa de consumo do governo cresceu 1,1% em relação ao quarto trimestre de 2015.
No que se refere ao setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram expansão de 6,5%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,6%.
PIB cai 5,4% em relação ao 1º trimestre de 2015
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,4% no primeiro trimestre de 2016, o oitavo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. O valor adicionado a preços básicos caiu 4,6% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios recuaram em 10,4%.
Dentre as atividades que contribuem para a geração do valor adicionado, a agropecuária teve queda de 3,7% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade. Segundo o LSPA/IBGE, divulgado em maio, algumas culturas apresentaram retração na estimativa de produção anual: fumo em folha (-20,9%), arroz em casca (-7,6%) e milho em grão (-5,0%). Por outro lado, a cultura de soja apontou variação positiva de 1,3% na produção anual. A maior parte das culturas importantes no trimestre apontou queda de produtividade.
A indústria recuou 7,3%. Nesse contexto, a indústria de transformação caiu 10,5%, influenciada pelo recuo da produção de máquinas e equipamentos; da indústria automotiva e outros equipamentos de transporte; produtos metalúrgicos; produtos de metal; produtos de borracha e material plástico; eletroeletrônicos e equipamentos de informática; e móveis.
A construção também apresentou redução no volume do valor adicionado (-6,2%). Já a extrativa mineral caiu 9,6% em relação ao primeiro trimestre de 2015, puxada pela queda da extração de minérios ferrosos e de petróleo e gás. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana registrou expansão de 4,2%, influenciada pelo desligamento de termelétricas no 3º trimestre de 2015 e no 1º trimestre de 2016.
O valor adicionado de serviços caiu 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 10,7% do comércio e de 7,4% de transporte, armazenagem e correio, puxado pela queda do transporte e armazenamento de carga. Também caíram: serviços de informação (-5,0%), outros serviços (-3,4%), intermediação financeira e seguros (-1,8%) e a administração, saúde e educação pública (-0,8%). As atividades imobiliárias apresentaram variação nula.
Pelo quinto trimestre seguido, todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo. No primeiro trimestre de 2016, a despesa de consumo das famílias caiu 6,3%, resultado explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do período. Já a formação bruta de capital fixo caiu 17,5%, a oitava queda consecutiva. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda das importações e da produção interna de bens de capital.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 13,0%, enquanto que as importações de bens e serviços caíram em 21,7%, ambas influenciadas pela desvalorização cambial de 37% e pelo desempenho da atividade econômica registrados no período.
PIB acumulados em quatro trimestres cai 4,7%
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2016 caiu 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A taxa no primeiro trimestre de 2015 (-1,2%) foi a primeira negativa desde o quarto trimestre de 2009. No segundo e terceiro trimestres do ano, o PIB voltou a sofrer contração nesta base de comparação (-1,7% e -2,5%, respectivamente), encerrando o ano com queda de 3,8%. A queda do PIB se acentuou no primeiro trimestre de 2016, encerrando o período com contração de 4,7% – a maior da série histórica iniciada em 1996.
Esta taxa (4,7%) resultou da contração de 4,0% do valor adicionado a preços básicos e do recuo de 8,9% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu dos desempenhos da agropecuária (-1,0%), indústria (-6,9%) e serviços (-3,2%).
Dentre as atividades industriais, apenas eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,4%) apresentou crescimento. A indústria da transformação sofreu contração de 10,5%, seguida pela construção (-7,1%) e pela extrativa mineral (-0,5%).
Já dentre os serviços, apenas atividades imobiliárias (0,3%) variou positivamente. Houve contração de 10,0% no comércio, seguido por transporte, armazenagem e correio (-7,3%), outros serviços (-3,3%), serviços de informação (-2,4%) e intermediação financeira e seguros (-0,4%). Já a administração, educação pública e saúde pública (-0,1%) manteve-se praticamente estável.
Sob a ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo (-15,9%) e a despesa de consumo das famílias (-5,2%) apresentaram, nessa base de comparação, suas maiores quedas da série histórica iniciada em 1996. A despesa de consumo do governo (-1,3%) também apresentou queda.
Já no âmbito do setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 8,3%, enquanto que as importações de bens e serviços apresentaram queda de 18,3%.
PIB no 1º tri de 2016 chega a R$ 1,474 trilhão
O Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2016 totalizou R$ 1,47 trilhão, sendo R$ 1,26 trilhão referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 213,7 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2016 foi de 16,9% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (19,5%). A taxa de poupança foi de 14,3% no primeiro trimestre de 2016 (ante 16,2% no mesmo período de 2015).