PIB cresce 0,1% no 3º trimestre

  • 1 de dezembro de 2017
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O Produto Interno Bruto (PIB) variou 0,1% no 3º trimestre de 2017 frente ao 2º trimestre de 2017, na série com ajuste sazonal. Em relação a igual período de 2016, o crescimento foi de 1,4%. No acumulado em quatro trimestres terminados no 3º trimestre de 2017, o PIB registrou queda de 0,2%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB cresceu 0,6%, em relação a igual período de 2016.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,641 trilhão, no 3º trimestre de 2017, sendo R$ 1,416 bilhões referentes ao Valor Adicionado e R$ 225,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

PIB cresce 0,1% em relação ao trimestre anterior
O PIB manteve-se praticamente estável (variação positiva de 0,1%) na comparação do 3º trimestre de 2017 contra o 2º trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. A Agropecuária registrou queda de 3,0%, a Indústria teve crescimento de 0,8% e os Serviços aumentaram em 0,6%.

Dentre as atividades industriais, houve crescimento de 1,4% nas Indústrias de transformação e variação positiva de 0,2% nas Indústrias extrativas. As demais mantiveram-se praticamente estáveis: Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,1%) e Construção (0,0%).

Nos Serviços, apresentaram resultado positivo o Comércio (1,6%), as Atividades imobiliárias (0,9%), as Outras atividades de serviços (0,2%) e a Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%). Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1%), Transporte, armazenagem e correio (0,0%) e Informação e comunicação (-0,1%) registraram estabilidade.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, PIB cresce 1,4%

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou expansão de 1,4% no terceiro trimestre de 2017. O Valor Adicionado a preços básicos teve aumento de 1,2% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 2,5%.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária registrou crescimento de 9,1% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida em relação à área plantada.

Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de novembro, o crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade de culturas com safras relevantes nesse trimestre, como milho (54,9%), algodão herbáceo (10,7%) e laranja (0,1%) suplantou o fraco desempenho de culturas como, por exemplo, cana de açúcar (-6,8%), café (-7,9%) e mandioca (-1,8%). As estimativas para Pecuária e Produção Florestal apontaram um desempenho positivo no período analisado.

A Indústria registrou variação positiva de 0,4%. As Indústrias de transformação apresentaram crescimento de 2,4%. O seu resultado foi influenciado, principalmente, pelo aumento da produção de alimentos; veículos automotivos; equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; móveis e indústrias diversas; e máquinas e equipamentos.

A Construção apresentou redução no volume do valor adicionado: -4,7%. Já as Indústrias extrativas se expandiram em 2,4% em relação ao terceiro trimestre de 2016, puxada pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, por sua vez, registrou variação positiva de 0,2%.

O valor adicionado de Serviços teve expansão de 1,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento de 3,8% do Comércio (atacadista e varejista), seguido por Atividades imobiliárias (2,1%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e Outras atividades de serviços (1,2%). Apresentaram queda os Informação e comunicação (-3,0%) – atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs) – e as atividades de Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%). Já Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados registrou variação nula no trimestre.

De janeiro a setembro, PIB acumula aumento 0,6%

O PIB no acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2017 cresceu 0,6% em relação a igual período de 2016. Nesta base de comparação, Agropecuária cresceu 14,5%, enquanto que Indústria (-0,9%) e Serviços (-0,2%) acumularam queda.

Dentre as atividades da Indústria, apenas Construção (-6,1%) acumula queda. As demais atividades industriais registram resultado positivo nesta base de comparação: Indústrias extrativas (5,9%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,3%) e Indústrias de transformação (0,3%).

Nos Serviços, as maiores quedas se deram em Informação e comunicação (-2,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-1,8%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (-0,9%). Transporte, armazenagem e correio também apresentou variação negativa: -0,2%. Já Comércio e Atividades imobiliárias cresceram, ambas, 0,8%, enquanto que a atividade Outras atividades de serviços variou positivamente em 0,2%.

Na análise da demanda interna, considerando o resultado acumulado do ano até setembro de 2017, destaca-se a queda de 3,6% da Formação Bruta de Capital Fixo. A Despesa de Consumo das Famílias variou positivamente em 0,4%, enquanto que a Despesa de Consumo do Governo (-0,6%) acumula queda no ano. Analisando-se o setor externo, as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 3,9%, enquanto que as Exportações de Bens e Serviços cresceram 4,0%.

No acumulado em quatro trimestres, PIB registra queda de 0,2%

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2017 apresentou variação negativa de 0,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da variação negativa de 0,1% do Valor Adicionado a preços básicos e do recuo de 0,5% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (11,6%), Indústria (-1,4%) e Serviços (-0,8%).

Dentre as atividades industriais, Indústrias extrativas (5,4%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,0%) apresentaram crescimento. As Indústrias de transformação sofreram contração de 0,6% e a Construção caiu 6,6%.

Já dentre os Serviços, apenas Atividades imobiliárias (0,7%) não teve variação negativa. Destaque para a contração de 2,5% de Informação e comunicação, seguido por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-2,4%), Transporte, armazenagem e correio (-1,9%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (-0,8%), Outras atividades de serviços (-0,5%) e Comércio (-0,3%). O Gráfico II.10 apresenta as taxas, por atividade, acumuladas nos quatro trimestres terminados em setembro de 2017.

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo sofreu contração de 4,2%. A Despesa de Consumo das Famílias (-0,5%) e a Despesa de Consumo do Governo (-0,4%) também apresentaram variação negativa. Pelo nono trimestre em sequência, todos os componentes da demanda interna apresentam resultado negativo. Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços (1,1%) e as Importações de Bens e Serviços (2,7%) cresceram.

Em valores correntes, PIB totaliza R$ 1,641 trilhão

O Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2017 totalizou R$ 1.641,4 bilhões, sendo R$ 1.415,6 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 225,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2017 foi de 16,1% do PIB, pouco abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (16,3%). A taxa de poupança foi de 15,2% no terceiro trimestre de 2017 (ante 14,9% no mesmo período de 2016).

Revisão das séries das Contas Trimestrais

As Contas Nacionais Trimestrais têm a rotina de, na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, realizar uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos antes, atualizações nas séries de dados adotadas e, se for o caso, aperfeiçoamentos metodológicos. O detalhamento dos principais pontos revistos pode ser encontrado na publicação completa das Contas Trimestrais.


Fonte: IBGE.

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