Podcast Economistas: como alcançar a excelência no uso do LinkedIn?

  • 24 de maio de 2024
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Letícia Borges, especialista em negócios digitais, é quem fala sobre o assunto. Ela abordou a importância da ferramenta, os erros que não se pode cometer e como usar o LinkedIn para criar oportunidades

Está no ar o episódio número 115 do podcast economistas e o tema desta vez é o uso da plataforma LinkedIn, que conecta profissionais, empresas e recrutadores num ambiente digital, facilitando o compartilhamento de informações, a busca por oportunidades de emprego, o desenvolvimento da carreira e o networking.

O LinkedIn tem se tornado cada vez mais uma ferramenta importante na qual você pode apresentar seu trabalho e aumentar a sua visibilidade online. Se antes ter um perfil na plataforma era um diferencial, nos dias atuais é uma necessidade. “Entre em 2016 e naquela época já era uma rede que me trazia um diferencial, porque eu conseguia me conectar com diretores de empresa e com pessoas relevantes que poderiam me abrir portas”, comenta Letícia Borges, especialista em negócios digitais pela USP, com experiência em LinkedIn e inteligência artificial. “Hoje o LinkedIn é o nosso cartão de visita. Quando chego a um evento, dou meu código QR do LinkedIn. Só olhando o perfil a pessoa entende ali há oportunidade de negócio ou não. Você pode usar como um site pessoal, e se tornou uma necessidade”.

Mas ter um perfil no LinkedIn não é suficiente – afinal de contas, se ele é uma ferramenta de apresentação profissional, então precisa ter um impacto positivo. Para isso, existem erros que nao podem ser cometidos. “Tem gente que coloca fotos de casamento, abraçado a alguém, a foto cortada. Ou uma foto em preto e branco”, cita Letícia ao falar sobre os erros mais comuns. “Há um aplicativo chamado Snappr que vocês podem usar para medir a qualidade da foto. Conseguimos causar uma boa impressão no linkedin com uma foto bem centralizada, sorrindo, passando uma mensagem interessante para quem está do outro lado”.

Um segundo erro citado pela especialista é não colocar uma capa. “É simples, você consegue pedir que o Canva gere um banner”, aponta. “Também é muito importante o título. Ele é o que faz as pessoas te encontrarem no LinkedIn. É seu principal buscador. Quando as pessoas pesquisarem a palavra economista, pode ser que apareça o seu perfil, mas precisa constar ali no título”.

Também é importante escrever uma descrição sobre si mesmo. “Muita gente escreve em terceira pessoa, como se estivessem falando de outro. O perfil é seu. Nunca se refira a si mesmo como se fosse um terceiro”, observou Letícia. “Não deixe de preencher suas competências. Este também é um erro comum: não incluir as competências, nem os cursos que já fez, nem as experiências que já teve”.

Uma habilidade importante que um profissional precisa ter para se destacar no mercado de trabalho é a capacidade de construir e manter uma rede de contatos sólida, que possa gerar parcerias, oportunidades profissionais, acesso a informações, aprendizado e desenvolvimento. O LinkedIn proporciona a oportunidade de gerar um networking interessante, mas de que maneira é possível assegurar que essa conexão realmente seja efetiva?

“Podemos usar para conseguir emprego, buscar vagas, fechar parcerias com potenciais clientes. O LinkedIn pode te posicionar com muitos executivos, diretores de multinacionais, empresas que patrocinam outros negócios. A plataforma tem mais de 50 milhões de usuários só no Brasil”, comenta a especialista. “Se você é um economista perito, precisa de clientes. Onde eles estão? Em que empresas trabalham? Quais são os nichos? Tudo isso você consegue se conectar dentro do LinkedIn. E se quiser gerar conexão, precisará se posicionar, mandar um convite, uma mensagem, falando o porquê de querer se conectar com ela, por que faz sentido estarem juntos ali”.

Muitos candidatos a vagas de emprego apresentam currículos nos quais acabam exagerando um pouco em suas habilidades, ou mesmo apresentando informações inverídicas. Quais são as consequências desse tipo de prática no ambiente do LinkedIn? “Mentira tem perna curta. A pessoa acaba se queimando no mercado. Conheço pessoas que falam uma coisa na rede e que, na realidade, são outra”, conta Letícia. “Cuidado com o que colocam lá. Sejam verdadeiros consigo mesmos para que possam ser com o outro. Falar a verdade é o mínimo para uma pessoa que tem caráter”.

Outra situação que acontece na rede é a glamourização dos cargos. “Eu, muito nova, já estou com o cargo de CEO. Há cinco anos eu era diretora de vendas, depois me torei CEO, mas a empresa foi minha. Tenho que falar a verdade, sou CEO de mim mesma. Temos que assumir esses papéis”, afirma a especialista. “Há certas coisas que devemos mostrar, se for verdade”.

O LinkedIn possui algumas ferramentas para medir os resultados que o seu perfil gera. Na página principal, é possível saber quantas vezes uma postagem foi visualizada, quantas pessoas viram e qual foi o nível de engajamento. E uma das melhores formas de você chegar ao resultado que busca, seja ele de geração de clientes ou vagas de emprego, está na publicação de conteúdos interessantes que agreguem valor ao seu perfil.

“Trazer inovação no seu perfil, nos seus conteúdos, trazer um conteúdo interessante, que você leia o seu conteúdo e diga: eu me engajaria com esse conteúdo de verdade? Às vezes nem você mesmo gosta do conteúdo, mas compartilha”, recomenda Letícia. “De preferência, tem que ser algo com um objetivo, pensando em ajudar o próximo. Trazer um conteúdo que vai ajudar quem lê. Impressionar as pessoas é algo que vem com o tempo”.

A especialista comentou um caso específico para falar da importância dos conteúdos compartilhados na rede. “Tive uma aluna que cuidava da área de contratos de uma empresa, uma multinacional grande, e começou a postar no LinkedIn sobre inovação, tecnologia. O presidente da empresa mandou mensagem dizendo que queria colocá-la no comitê de inovação”, conta Letícia. “Ela passou a ganhar um salário três vezes maior. Postar conteúdos relevantes no LinkedIn abriu portas para ela. Ela começou a ser vista, o presidente da empresa viu e deu a oportunidade”.

O LinkedIn mudou a forma como as empresas buscam novos funcionários. Embora as formas anteriores de seleção continuem existindo, esta ferramenta proporciona um enorme banco de dados com informações de profissionais, permitindo aplicar os mais variados filtros às informações.

“O grande desafio hoje é ter bons candidatos numa velocidade rápida. E o LinkedIn traz os dois, ajuda na hora de filtrar. Por isso a importância das competências, da palavra-chave no título, de uma boa foto, uma boa capa. São as primeiras coisas que o recrutador vai ver no seu perfil”, resume a especialista. “Ali há um cardápio inteiro de excelentes candidatos, do Brasil inteiro, é possível filtrar por lugar, por estado. Com 50 milhões de usuários no Brasil, é um banco de dados de informações profissionais muito grande”.

O podcast Economistas pode ser ouvido na sua plataforma preferida ou no player abaixo. E se quiser saber mais sobre como alcançar a excelência na utilização do LinkedIn, o Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP) oferece em seu site um curso no qual Letícia Borges ensina as estratégias para ter um perfil vencedor na rede. O curso contém aulas sobre a criação do perfil, os resultados de pesquisas, as conexões, as estratégias de conteúdo e as análises de desempenho. Para mais informações, acesse o site www.sindeconsp.org.br.

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