Podcast Economistas: Feneco sob nova direção
Nova diretoria da Federação Nacional dos Estudantes de Economia fala sobre os projetos à frente da entidade, os desafios dos estudantes e a integração com os Conselhos
Está no ar uma nova edição do podcast Economistas! Nesta semana o Cofecon conversou com a nova diretoria da Federação Nacional dos Estudantes de Economia, a Feneco, para conhecer os planos e projetos para a instituição.
A Feneco é a entidade representativa dos estudantes de economia no Brasil. Ela foi fundada em 1997 e atua como um órgão de articulação entre diferentes associações e centros acadêmicos de economia, representando os estudantes desta área frente aos órgãos governamentais e demais entidades, além de promover a integração dos estudantes em todo o País.
“É fundamental que os currículos dos cursos de economia incorporem temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão, preparando os estudantes para atuarem em um mundo cada vez mais complexo e interconectado”, comentou Rebeca, presidente da Feneco.
A eleição ocorreu durante o 47º Encontro Nacional dos Estudantes de Economia, o Eneco, realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – e foi uma estudante desta universidade, Rebeca Amazonas, quem assumiu a presidência da Feneco. Ela comentou as principais dificuldades que os estudantes de economia enfrentam hoje e apontou que a formação tradicional muitas vezes é centrada em modelos teóricos abstratos, que precisam ser adaptados à realidade e aos novos desafios.
“Diante desse cenário, os estudantes de Economia precisam estar preparados para enfrentar um mundo complexo e em constante transformação. A formação acadêmica deve ser vista como um processo contínuo de aprendizado e adaptação, que nos permita atuar de forma crítica e propositiva na construção de um futuro mais justo e sustentável”, prossegue a presidente da Feneco.
“É fundamental que os currículos dos cursos de economia incorporem temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão, preparando os estudantes para atuarem em um mundo cada vez mais complexo e interconectado”, comentou Rebeca. “A curricularização da extensão, que aproxima os estudantes da realidade do mercado de trabalho e das demandas da sociedade, é fundamental para o desenvolvimento de habilidades práticas e um olhar crítico sobre os desafios da economia”.
“As mudanças no mercado de trabalho, marcadas pela digitalização e pela crescente demanda por profissionais com habilidades multidisciplinares, exigem uma adaptação constante dos estudantes”, prossegue a presidente da Feneco. “Diante desse cenário, os estudantes de Economia precisam estar preparados para enfrentar um mundo complexo e em constante transformação. A formação acadêmica deve ser vista como um processo contínuo de aprendizado e adaptação, que nos permita atuar de forma crítica e propositiva na construção de um futuro mais justo e sustentável”.
A economia é uma ciência em constante atualização. Pensando nisso, a secretária geral da Feneco, Larissa Silveira, acredita que a instituição tem um papel fundamental no estímulo aos estudantes para que busquem o aperfeiçoamento constante por meio da educação continuada.
“Além disso, a extensão universitária também desempenha um papel crucial. Ela é o elo entre o conhecimento acadêmico e a sociedade, permitindo que os estudantes apliquem suas aprendizagens em situações reais, compreendendo e impactando as comunidades em que vivem. Através da extensão, é possível fomentar o pensamento crítico, a inovação e a capacidade de liderança dos futuros economistas, garantindo que eles estejam preparados para enfrentar os desafios contemporâneos de maneira criativa e efetiva”, afirma Larissa, secretária geral da Feneco.
“Trabalhamos em várias frentes que buscam estimular tanto o debate quanto o interesse por temáticas que são muitas vezes abandonadas pelas grades de economia quanto a luta pelo desenvolvimento de canais que democratizem as oportunidades de pesquisa e a ampliação de bolsas para iniciação científica e pós-graduação”, afirma Larissa. “Além disso, a extensão universitária também desempenha um papel crucial. Ela é o elo entre o conhecimento acadêmico e a sociedade, permitindo que os estudantes apliquem suas aprendizagens em situações reais, compreendendo e impactando as comunidades em que vivem. Através da extensão, é possível fomentar o pensamento crítico, a inovação e a capacidade de liderança dos futuros economistas, garantindo que eles estejam preparados para enfrentar os desafios contemporâneos de maneira criativa e efetiva”.
Relação com os Centros Acadêmicos
Os principais planos da nova gestão estão na aproximação com os Centros Acadêmicos e na promoção do debate econômico. “Notamos uma grande dificuldade por parte dos CAs ativos em dar manutenção à sua continuidade no próximo período. No aspecto da representação dos estudantes de economia em todo o Brasil, o principal objetivo da Feneco é garantir que, em todas as cinco regiões do país, esses CAs se mantenham ativos”, afirma o vice-presidente da instituição, Wallace Alves. “Outro ponto fundamental: não existe um momento claro em que o estudante se transforma, de fato, em economista. Acreditamos que essa transformação ocorre no dia a dia, através do engajamento constante dos estudantes com temas relacionados às transformações sociais, nos quais o economista possui uma grande responsabilidade ao exercer a sua profissão. Nesse sentido, é primordial para a Diretoria da FENECO fomentar a discussão dos principais debates econômicos da sociedade brasileira, sempre buscando se posicionar diante dos dilemas contemporâneos da economia do país”.
“Notamos uma grande dificuldade por parte dos CAs ativos em dar manutenção à sua continuidade no próximo período. No aspecto da representação dos estudantes de economia em todo o Brasil, o principal objetivo da Feneco é garantir que, em todas as cinco regiões do país, esses CAs se mantenham ativos”, afirma o vice-presidente da instituição, Wallace Alves.
O tesoureiro da instituição, Pedro Henrique Schneider, também falou sobre o relacionamento com os CAs. “Elegemos como prioridade a reaproximação com os Centros e Diretórios Acadêmicos dos estudantes de economia. Esses objetivos só são alcançados mediante um trabalho intenso de base”, observa Schneider. “Por isso, é prioridade para a Feneco a viabilização dos Erecos, que são os Encontros Regionais de Estudantes de Economia, e a retomada da realização anual do Eneco”.
O diretor de comunicação, Guilherme Silva, aposta nos canais digitais e na presença em eventos estudantis para fortalecer a relação da Feneco com os estudantes de economia de todo o Brasil. “Nós, como Federação, buscamos ampliar as relações com os estudantes através da dinamização dos canais digitais, garantindo uma comunicação mais direta e acessível”, explica. “Também vamos fortalecer os diálogos com os Centros Acadêmicos e intensificar nossa presença em eventos de estudantes. Teremos as nossas redes como um canal aberto para ouvir e responder de forma ágil as demandas dos estudantes”.
Próximo Eneco
O Encontro Nacional dos Estudantes de Economia chegará no ano que vem à 48ª edição e ela está prevista para acontecer na cidade de Belém, durante o mês de julho. O tema do evento será “Entre celebrações e saberes: cultura e meio ambiente por uma economia sensível”.
“O foco das mesas de debate será tanto a questão ecológica, no contexto da COP-30 e das discussões mais atuais sobre sustentabilidade e desenvolvimento, quanto as especificidades inter-regionais que conferem diversidade à produção de conhecimentos sobre economia no Brasil, além da busca por imersão em cosmovisões de diversos grupos sociais que propõem formas de se relacionar com o mundo”, conta o presidente da comissão organizadora, João Raiel. “Quanto à data, planejamos iniciar nossas atividades em meados de julho, mês em que cessam as chuvas torrenciais na Amazônia. A semana exata dependerá do anúncio de outros eventos de Economia no mesmo mês que não devem entrar em conflito com a programação”.
Relação com os Conselhos e outras entidades
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Economia consideram bastante importante o relacionamento com os estudantes de Ciências Econômicas. Na outra ponta, eles também veem a importância desta relação.
“Essa união deve começar cedo, na universidade. Com eventos e encontros, fortalecemos nossos laços de estudantes e profissionais, permitindo que os estudantes ingressem no mercado de trabalho já cientes da importância de ter uma instituição que está ali não apenas para fiscalizar, mas também para proteger e incentivar a profissão”, aponta Danillo Santos, diretor de colegiados econômicos da Feneco. “A instituição desempenha um papel crucial ao estar mais próxima dos estudantes, estimulando-os a se aproximarem dos conselhos. No Corecon-GO costumamos dizer que poucas profissões têm tantas possibilidades, e o Conselho é a instituição que pode proporcionar essas inúmeras possibilidades”.
“Essa união deve começar cedo, na universidade. Com eventos e encontros, fortalecemos nossos laços de estudantes e profissionais, permitindo que os estudantes ingressem no mercado de trabalho já cientes da importância de ter uma instituição que está ali não apenas para fiscalizar, mas também para proteger e incentivar a profissão”, aponta Danillo Santos, diretor de colegiados econômicos da Feneco.
O relacionamento com as entidades representativas dos economistas também é importante para que os estudantes estejam prontos para a transição entre a universidade e o mercado de trabalho. Por isso, o estudante Caíque Soares, diretor de Assistência Estudantil da Feneco, vê como fundamental a parceria entre a instituição e os Conselhos e Sindicatos.
“A transição para o mercado de trabalho na economia nem sempre é óbvia. Os setores que empregam economistas são variados e as possibilidades de emprego são diferentes a depender das regiões do Brasil, o que afeta significativamente a transição para o mercado de trabalho em alguns locais”, comenta Caíque. “Por isso, é fundamental que a Feneco estabeleça laços com as instituições que fazem a representação dos economistas no mercado de trabalho”.
Mulher economista e diversidade
A valorização da mulher economista e a diversidade são temas trabalhados no Cofecon por meio de uma Comissão criada especificamente para esta finalidade. Entre os estudantes, estes temas também cobram uma importância relevante. “Num primeiro momento estamos focados em ações para identificar o perfil dos estudantes de Ciências Econômicas, de forma que este mapeamento nos guie na criação de projetos e espaços dedicados a discussão sobre a nossa comunidade acadêmica”, comenta Luan Felipe, diretor de inclusão e diversidade da Feneco. “Juntos poderemos desenvolver iniciativas para incorporar a diversidade e inclusão no cotidiano das universidades”.
“Além disso, buscaremos incentivar os acadêmicos a se interessarem por áreas de pesquisa como gênero e sexualidade, para que possamos compreender melhor como as mudanças na sociedade afetam o mercado de trabalho, a renda e outros fatores econômicos”, completa Ana Luiza Batista, diretora de mulheres da instituição. “Vamos promover a divulgação do trabalho de mulheres, pessoas LGBTQIA+, estudos de economia feminista e temáticas inclusivas”.