Por que será importante reduzir as taxas de juros?
Em entrevista ao Brasil 61, o conselheiro federal Fernando de Aquino aborda a necessidade de um novo arcabouço fiscal
O ano de 2023 inicia com mudanças na economia. O presidente Lula, desde a campanha, se colocou contra o teto de gastos. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que enviará ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano uma nova regra fiscal. Além disso, questões relacionadas aos impactos da desoneração dos impostos dos combustíveis estão no noticiário.
Neste cenário, o coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Fernando de Aquino, em entrevista ao Brasil 61, enfatiza que o terceiro mandato de Lula à frente da presidência da República terá como desafios reduzir as taxas de juros, para que seja possível oferecer crédito mais barato para consumo e investimento, manter a inflação sob controle e garantir responsabilidade fiscal aos agentes econômicos.
“Precisamos de um arcabouço fiscal que dê uma tranquilidade aos agentes econômicos de que a dívida do governo não vai ser explosiva, não vai ter problema de calote ou coisa parecida. Então, a gente precisa de um arcabouço fiscal que garanta isso”, destaca.
De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central no último dia 30 de dezembro, antes da posse presidencial, a expectativa do mercado para inflação em 2023 é de 5,31%.
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