Presidente participa de live promovida pela ABED nesta sexta-feira

O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, participará de live promovida pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED). O evento virtual ocorrerá nesta sexta-feira, 19 de junho, às 19h30, com transmissão pelo Facebook da entidade – https://www.facebook.com/abed.economistaspelademocracia/

Durante a live serão feitas cinco perguntas ao presidente do Cofecon:

  1. O pensamento único nos meios de comunicação

Os meios de comunicação corporativos no Brasil não permitem o debate entre as diferentes linhas de pensamento econômico. A presença mais constante nas tvs, jornais e rádios é, principalmente, de economistas ligados aos bancos e ao mercado financeiro. Você, mesmo crítico às políticas defendidas por esse grupo neoliberal, consegue manter seu espaço na mídia tradicional. Gostaria que você comentasse essa interdição ao debate e como você conseguiu romper o cerco. O que você pode nos ensinar sobre isso?

2) Democracia e projeto de desenvolvimento

No seu artigo “Políticas macroeconômicas para o desenvolvimento brasileiro”, publicado no livro “O Futuro do Desenvolvimento: ensaios em homenagem a Luciano Coutinho”, você diz o seguinte:
“Há uma questão mais estrutural, nas palavras do mestre Celso Furtado: vivemos, sob este ponto de vista, uma ‘construção interrompida’ (título de seu livro de 1992, ‘Brasil a construção interrompida’). Ou seja, há trinta anos evoluímos na democracia, mas perdemos a capacidade de, como Nação, elaborarmos e viabilizarmos um projeto nacional. Nossa jovem democracia precisa ser preservada e aperfeiçoada. É preciso que as forças vivas da Nação concentrem sua energia na reconstrução e implementação de um projeto, visando ao desenvolvimento. Não basta a agenda de curto prazo, muito disseminada por analistas do mercado financeiro e seus simpatizantes, mas medidas mais perenes, políticas de Estado, sem as quais o desejado desenvolvimento não se viabilizará.” Como o artigo foi escrito em 2016, gostaria que você nos contasse o que mudou e o que permaneceu dessa avaliação que você fez.

3) O refluxo da globalização e o Brasil

Em entrevista recente, ao Der Spiegel, o economista Nouriel Roubini disse que “a globalização tem mantido baixos os custos de mão de obra e de produção há anos, apenas por conta dos 2,5 bilhões de trabalhadores baratos da Índia e da China. Mas a globalização já havia atingido seu pico após a crise financeira [2008], e a pandemia intensificou essa tendência. Estamos testemunhando a renacionalização, a desintegração das cadeias de suprimentos, um conflito comercial entre a China e os EUA”. Você concorda com ele? Pode nos contar sua visão sobre a desindustrialização brasileira e uma eventual reindustrialização? Você acha que a globalização vai refluir?

4) A austeridade danosa

Na introdução do livro “O Mito da Austeridade”, você afirma, sem rodeios, que: “a chamada austeridade na política econômica representa um erro. A combinação de corte de gastos, especialmente em investimentos e programas sociais, aliada à prática de política monetária restritiva, o que representa contenção de crédito e juros elevados, tem um significado danos para o país”. Você pode nos explicar por que o corte de gastos e investimentos é a única ação de política econômica desse governo?

5) O futuro

Estamos no meio de uma tríplice crise: sanitária, política e econômica. Como você está vendo nossos próximos tempos? Você está otimista ou pessimista?

 

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