Salários corroídos pela inflação: desemprego alto favorece empresas na negociação
Na queda de braços entre salário e inflação, os brasileiros assistem, no dia a dia, a vitória da temida inflação. Segundo dados do Dieese, em 2021, apenas 15% dos reajustes negociados resultaram em ganhos reais (acima da inflação).
Em entrevista ao portal Uol, nesta sexta-feira (8), o presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, chama a atenção para o alto índice de desemprego e o número de desalentados e subocupados que parece não diminuir. Para ele, “A ausência de crescimento econômico e de um projeto de desenvolvimento tem levado ao crescimento do desemprego e à precarização do mercado de trabalho. Mais recentemente, de 2021 para cá, houve crescimento da inflação, o que torna a reposição salarial ainda mais difícil.”
Nesse cenário, de desemprego elevado, as empresas levam vantagem na negociação. Os dados do IBGE indicam que, no quarto trimestre de 2021, o Brasil tinha 12 milhões de desempregados e outros 4,8 milhões de desalentados (pessoas que gostariam de trabalhar, mas que não procuraram emprego por achar que não encontrariam). “A soma de desocupados, desalentados e subocupados no Brasil chega a 29 milhões de pessoas”, diz Lacerda. “Ou seja, a oferta e a procura, base para formação do preço do trabalho, é francamente favorável ao empregador. Isso diminui muito a força de negociação do trabalhador e dos sindicatos.”
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